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sexta-feira, 3 maio, 2024

Xi diz que exército é ‘muralha de aço’ e enfatiza rivalidade com Ocidente

 “A segurança é a base do desenvolvimento, e a estabilidade é o pré-requisito para a prosperidade”, disse

Em seu primeiro discurso depois de ser confirmado para um terceiro mandato como presidente da China, Xi Jinping intensificou nesta segunda-feira, 13, seu confronto com o Ocidente, em especial os EUA. Ele prometeu modernizar as Forças Armadas chinesas e transformar os militares em uma “grande muralha de aço” para proteger a soberania nacional em meio a tensões com Washington.

Seu discurso ocorreu ao final da reunião anual do Partido Comunista da China, que durou oito dias e teve como foco tratar da autossuficiência chinesa em temas de ciência e tecnologia. Na sexta-feira, 10, o Congresso Nacional do Povo confirmou a reeleição de Xi e elevou Li Qiang à função de número dois do partido.

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Depois de sua confirmação simbólica, já que não havia concorrentes na disputa, Xi prometeu “transformar os militares em uma grande muralha de aço que proteja a soberania nacional, a segurança e nossos interesses”. “A segurança é a base do desenvolvimento, e a estabilidade é o pré-requisito para a prosperidade”, disse.

“Com a fundação do PC e depois de um século de luta, nossa humilhação nacional foi apagada e o povo chinês se tornou dono do próprio destino”, afirmou Xi, em referência ao início do século 20, quando a China foi dividida pelas potências coloniais, uma época que Pequim chama de “século da humilhação”

Prioridades

Xi, de 69 anos, se tornou o governante mais poderoso em gerações na China quando o PC ratificou sua continuação por mais cinco anos como presidente. Ele agradeceu a nomeação e prometeu tomar as necessidades do país como sua missão, e os interesses do povo como sua régua.

Xi também pediu a consolidação da estabilidade em Hong Kong e a reunificação com Taiwan, que Pequim considera parte de seu território. “A confiança do povo é a maior força que me impulsiona, e é também uma grande responsabilidade sobre meus ombros”, disse. “O grande renascimento da China é irreversível ”

A reunião do PC teve como foco a busca por maior autossuficiência e força em ciência e tecnologia, em meio aos bloqueios americanos ao acesso a equipamentos, chips e outras tecnologias de ponta.

A autossuficiência é uma das prioridades de Pequim, mas a deterioração dos laços com Washington, enfatizada pelos recentes controles de exportação destinados a cortar o acesso da China à tecnologia, tornou ainda mais urgente.

Durante anos, o governo pressionou para que o país se tornasse uma potência tecnológica global, investindo na fabricação de semicondutores e inteligência artificial. Mas, em áreas cruciais, como chips, as empresas chinesas não conseguiram igualar os avanços em outros lugares. Muitos dos campeões nacionais em supercomputação, semicondutores e 5G foram colocados na lista de sanções dos EUA.

Em rara crítica direta aos EUA, Xi disse que as empresas privadas devem “desempenhar um papel maior na promoção da autossuficiência e aperfeiçoamento em ciência e tecnologia para combater a repressão dos EUA.”

Diplomacia

Em meio a pressões para que a China tome partido na guerra da Ucrânia e após tentativas de Pequim de moldar um acordo de paz, Xi deve visitar o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo a Reuters, o encontro ocorrerá entre o fim de abril e o início de maio. Putin chegou a dizer, no mês passado, durante visita do chanceler chinês, Wang Yi, que uma visita de Xi já estava planejada, mas sem entrar em detalhes.

A tentativa de encontro ocorre quando Pequim tentar mediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, plano visto com ceticismo pelo Ocidente, já que a China possui relações fortes com Moscou. Ontem, o Wall Street Journal disse que Xi também deve conversar com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, logo após voltar da Rússia.

Com informações Agência Estado

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