O preço da cesta básica em Vitória é o sétimo mais alto entre as capitais brasileiras, em novembro era o sexto
Por Amanda Amaral
Os preços dos produtos de primeira necessidade apresentaram alta de 2,13%, em Vitória no mês passado. Eles passaram de R$ 713,57, em novembro, para R$ 728,78. Na comparação entre dezembro de 2021 e de 2022, o aumento foi de 10,09%.
As informações são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realizada em 17 capitais brasileiras.
Contudo, apesar da elevação, a cesta básica na capital do Estado deixou de ser a 6º mais cara do país para ser a 7º com o valor mais alto. Os três primeiros lugares são ocupados por São Paulo (R$ 791,29), Florianópolis (R$ 769,19) e Porto Alegre (R$ 765,63).
Brasília está na 6º colocação com o conjunto de produtos custando R$ 728,78. Apesar de apresentar o mesmo valor da cesta em Vitória, a alta no mês foi maior para os brasilienses, 2,33%.
Produtos da cesta
O valor do feijão do tipo preto registrou a maior variação em Vitória (9,78%), dentre todas as capitais pesquisadas, devido a menor oferta do grão de qualidade no Brasil, segundo o Dieese. O mesmo ocorreu com o preço do quilo do arroz agulhinha que apresentou elevação de 14,74% na capital do Estado em razão da maior demanda, externa e interna, explica a pesquisa.
A batata também está entre os produtos que apresentaram maior alta em Vitória, 15,61%. De acordo com o Diesse, em 2022, houve períodos de queda nos preços, principalmente em julho, devido à maior oferta de tubérculos, mas, na maior parte do ano, a incidência de pragas e o clima reduziram a quantidade ofertada.
Já os que registraram quedas nos preços foram manteiga (5,58%) e o óleo (2,46%), que foi o único a apresentar estabilidade em seu valor.
Salário mínimo
No período, o valor da Cesta Básica em Vitória representou 65,01% do salário mínimo líquido em comparação aos 63,65% do mês de novembro. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou neste mês cumprir uma jornada de 132 horas e 17 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos.
Para adquirir os bens alimentícios básicos, o capixaba precisou utilizar 65,01% do salário mínimo líquido atual (R$ R$ 1.121,10), em comparação aos 63,65% do mês anterior. Isso se equipara a uma jornada de 132 horas e 17 minutos. Para o Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivalente a R$ 6.647,63.
No Brasil
O valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde a pesquisa é realizada mensalmente. As altas mais expressivas, quando se compara dezembro de 2021 com o mesmo mês de 2022, foram registradas em Goiânia (17,98%), Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%). Já as menores taxas acumuladas foram as de Recife (6,15%) e Aracaju (8,99%).
Entre novembro e dezembro de 2022, o valor da cesta subiu em 14 cidades, com destaque para Fortaleza (3,70%), Salvador (3,64%) e Natal (3,07%). As reduções de preços ocorreram nas cidades do Sul: Porto Alegre (-2,03%), Curitiba (-1,58%) e Florianópolis (-0,90%).
Na comparação mensal, houve elevação do preço médio do tomate (12,00%), feijão carioquinha (10,39%), arroz agulhinha (4,12%), óleo de soja (1,60%), farinha de trigo (0,89%), café em pó (0,78%), da banana (0,71%), manteiga (0,66%) e do pão francês (0,52%). Os produtos com redução de valores foram: leite integral longa vida (-4,08%), batata (-2,11%), carne bovina de primeira (-1,20%) e açúcar refinado (-0,25%).
Ranking das capitais com a cesta básica mais cara:
1) São Paulo – R$ 791,29
2) Florianópolis – R$ 769,19
3) Porto Alegre – R$ 765,63
4) Rio de Janeiro – R$ 752,74
5) Campo Grande – R$ 744,21
6) Brasília – R$ 728,78
7) Vitória ¬- R$ 728,78
8) Goiânia – R$ 704,63
9) Curitiba – R$ 698,66
10) Belo Horizonte – R$ 696,32
Fonte: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
