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domingo, 28 abril, 2024

Vitória tem a 3ª maior queda no valor da cesta básica no país

Redução em 12 meses foi de 5,48% da cesta na cidade de Vitória, fechando 2023 em R$ 688,86

Por Gustavo Costa

Em uma economia que, por tradição, o mais comum é um processo de aumento contínuo de produtos e serviços, um movimento contrário é motivo para celebração para a população. No setor de alimentação, isso se comprovou em 2023.

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Segunda a última Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica ficou mais barata em 15 de 17 capitais pesquisadas, incluindo Vitória.

Na capital capixaba, a redução em 12 meses foi de 5,48% da cesta, fechando 2023 em R$ 688,86. Apenas duas outras cidades ficaram na frente de Vitória em redução do valor da cesta básica: Campo Grande (-6,25%) e Belo Horizonte (-5,75%). 

De um total de 13 produtos analisados, o maior responsável por puxar para baixo o valor da cesta básica na capital capixaba foi o leite integral. O preço do produto caiu 16,81% em Vitória, entre dezembro de 2022 e o mesmo mês de 2023, configurando na maior queda no país. Só para se ter uma ideia, a segunda capital com queda no valor do leite foi o Rio de Janeiro (-3,80%).

Também caíram em Vitória os preços do feijão tipo preto (-7,77%) e do açúcar (que aumentou em 16 capitais, mas por aqui terminou o ano com – 2,39%).

Razões para bons números

Para o economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), Ricardo Paixão, um conjunto de fatores podem ser apontados para justificar a redução do valor da cesta em Vitória. “ Podemos destacar uma supersafra de soja, de milho, que a gente teve ao longo do ano. E é importante lembrar que, quando a gente tem uma supersafra, temos o aumento da oferta. Quando acontece a supersafra, sem um aumento da demanda, faz com que aconteça uma queda de preços desses itens”, disse.

De acordo com Paixão, uma coisa acaba ligada à outra e ocasionando a redução de preços de itens diversos setores. “Quando você tem, por exemplo, um aumento na oferta de soja, o excedente pode ser transformado em ração, que alimenta animais. Essa produção extra de ração impacta no seu preço, que pode impactar no preço do leite, no preço da carne, etc. É uma cadeia impactada”, explicou.

O economista cita também a instabilidade internacional vista no último ano. “Isso favorece o mercado interno. Quando a gente tem que essas commodities internacionais que são exportadas, podem acontecer crises lá fora – como uma guerra, por exemplo – e alguns países podem consumir menos, importar menos. Isso faz com que sobre mais produtos para abastecer o mercado interno e isso provoca queda no preço naturalmente”, explicou ele.

Outros fatores citados foram a atuação governamental, com alguns programas sociais que aquecem a economia; e uma readequação natural do mercado após os aumentos registrados no período da pandemia.

 

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