O caminho para chegar nas melhores opções passa pela definição do seu perfil e objetivos
2021 já começou e muita gente pode não estar conseguindo colocar o plano de investir em prática, até mesmo por não saber por onde começar. Os especialistas orientam que para fazer essas definições é importante começar com um breve estudo sobre como o dinheiro que está sendo guardado será usado.
O assessor de investimentos, Bruno Boulanger, da Golden Investimentos, orienta fazer uma lista com seus objetivos de vida para começar. “É importante cumprir as etapas, pois normalmente as pessoas só conseguem se sentir estimuladas para cumprir o orçamento, quando existem objetivos estabelecidos, como uma viagem, a compra de um imóvel ou um carro, por exemplo”, sugere.
Na sequência a sugestão é fazer a tarefa mais difícil nesta jornada: enfrentar a realidade do orçamento financeiro. “Neste ponto, você pode começar analisando os extratos da conta corrente e as faturas do cartão de crédito dos últimos três meses, no mínimo, separando os gastos e ganhos em categorias. Depois, corte o que for necessário para os próximos meses”, indica.
Agora, com os gastos planejados é possível definir o montante que será investido todo mês. “O ideal é que seja entre 10 e 20% da renda. Com tantas opções de investimentos no mercado, recomenda-se que o primeiro passo deve ser para formar uma reserva de dinheiro voltada para cobrir despesas com emergências. Uma sugestão seria guardar entre 6 e 12 vezes o valor das suas despesas mensais para qualquer imprevisto”, orienta.
Sendo assim, a aplicação financeira precisa ter algumas características, como ser de baixo risco com rendimentos que oscilam pouco e a possibilidade de perdas seja próxima de zero. Também é preciso ter liquidez diária, ou seja, possibilidade de resgatar o dinheiro assim que necessário. “Os principais exemplos dentro deste perfil são: Tesouro Selic, fundos DI taxa zero e CDBs, que rendam 100% do CDI”, comenta.
Dividindo os investimentos em diferentes gavetas
Quando se fala em finanças, é preciso colocar “os dinheiros” em diferentes gavetas, pois eles devem cumprir funções distintas. Depois da preocupação com a reserva para emergências, é importante também alocar os recursos para conquistar os objetivos de vida.
“No caso de sonhos para serem realizados com data marcada podem ser usados títulos públicos atrelados à inflação, chamados de Tesouro IPCA, ou títulos públicos prefixados, ambos disponíveis no Tesouro Direto. Esses papéis podem ser vendidos a qualquer momento, mas o preço deles oscila e o comportamento dos juros pode fazer com que você ganhe ou perca dinheiro durante a jornada. Para receber exatamente o rendimento informado na hora da compra, basta manter os títulos até a data de vencimento”, recomenda.
Ainda é preciso guardar um espaço para abrigar a renda necessária para o principal objetivo do futuro: a aposentadoria. “Neste último caso, o mais comum é trabalhar com previdência privada e Tesouro IPCA – título público com rendimento atrelado à inflação. Mas, isso pode variar conforme a idade e o perfil do investidor”, conta.
Para quem já está com todas as gavetas essenciais preenchidas e busca rendimentos maiores existe um leque de alternativas disponíveis no mercado. Fundos de renda fixa, fundos imobiliários, fundos multimercado, fundos de ações e ações na bolsa de valores são os mais indicados para objetivos de longo prazo.
“O segredo é investir pouco dinheiro e aos poucos nessas aplicações financeiras. Se você decidir se aventurar e investir sozinho, dedique tempo para estudar o assunto, pesquisar por conta própria e só invista se concluir que poderá ser vantajoso para os seus objetivos e o seu perfil. Mas, se você não tem conhecimento e nem tempo para aprender, pense em contratar um consultor financeiro. Eles podem ajudar a fazer seu planejamento e a apresentar os melhores investimentos para atingir os seus objetivos”, diz.
