Última atualização do MAPA contabiliza 29 casos de influenza aviária em 11 municípios capixabas
Por Rafael Goulart
De acordo com o monitoramento do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Espírito Santo registra até esta sexta-feira (21), 29 casos confirmados de aves contaminadas com o vírus H5N1, que causa a gripe aviária.
A maior parte dos casos está no litoral capixaba, de Marataízes (no Sul) até Linhares. Para o interior do estado, apenas Nova Venécia tem registro de caso.
No Brasil, dos 1.572 casos suspeitos de influenza aviária, 67 casos foram confirmados. Atualmente, apenas três desses casos são considerados “foco em andamento” e dois desses estão no Espírito Santo.
Nesta quinta-feira (20), o Governador Renato Casagrande decretou estado de emergência zoossanitária após reunião com o Ministro Carlos Fávaro (Mapa), que já havia decretado emergência federal no dia 22 de maio.
A medida serve para desburocratizar e agilizar processos que visem conter a disseminação da doença.
No dia 27 de junho, o Ministério da Agricultura confirmou o primeiro caso de infecção em aves domésticas em uma criação de subsistência com galinhas, patos e gansos na Serra. A descoberta fez o Japão suspender a importação de frango do Brasil.
Cronologia
Os primeiros casos foram confirmados no dia 15 de maio, em dois trinta-réis-de-bando (thalasseusacuflavidus) e um atobá-pardo (sula leucogaster) encontrados no Espírito Santo.
O atobá estava no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica (Ipram) desde janeiro e apresentou sintomas de influenza, por isso foi encaminhado para exames laboratoriais que, posteriormente, confirmaram a contaminação.
Um dos trinta-réis-bando foi encontrado no Refúgio da Vida Silvestre da Mata Paludosa (antigo parque Fazendinha).
No dia 17, circulou a notícia que um vigilante do local estava internado com suspeita de ter contraído a gripe aviária e o parque passou um final de semana fechado.
Foi o primeiro caso de suspeita de gripe aviária em humanos do Brasil. Após o exame laboratorial dar negativo para influenza aviária, o parque foi reaberto.
A transmissão de aves para humanos é rara e a transmissão entre humanos ainda mais difícil de acontecer, é o que dizem as autoridades governamentais e não governamentais, como a infectologista Luana Araújo, que ajuda na divulgação científica pelas redes sociais.
“Os casos em humanos são raros, mas podem acontecer e também podem ser fatais. Felizmente, a transmissão entre humanos, embora possa acontecer, não é sustentada (ou, não é eficiente e não espalha rápido”, explicou de forma didática a médica que tem mais de 300 mil seguidores no Instagram (@drluanaaraujo).
Isso quer dizer que os vírus da influenza aviária não têm um mecanismo tão eficiente de transmissão como os SARS-CoV-2 que causaram a pandemia de Covid-19.
No dia 22 de maio, o Mapa decretou a emergência zoossanitária. No momento, o Brasil tinha seis casos confirmados em aves silvestres.
No dia 27 de junho, o Ministério da Agricultura confirmou o primeiro caso de infecção em aves domésticas em uma criação de subsistência com galinhas, patos e gansos na Serra. A descoberta fez o Japão suspender a importação de frango do Brasil.
