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quinta-feira, 28 março, 2024

Tesouro Direto: tudo que você precisa saber para começar a investir

Tire suas dúvidas sobre Tesouro Direto para aplicar seu dinheiro com mais segurança

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) constatou que o perfil da maioria dos brasileiros na hora de investir dinheiro é bastante conservador – 65% dos entrevistados que guardam dinheiro preferem investir na poupança, especialmente por buscarem liquidez e por não terem tanto conhecimento sobre outras modalidades. O Tesouro Direto, por exemplo, foi lembrado por apenas 8% das pessoas.

Apesar do baixo percentual de usuários em comparação a modalidades mais tradicionais, o Tesouro tem se revelado cada vez mais popular entre os investidores, principalmente pelo baixo risco associado.

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Se você ainda não sabe como funciona ou como investir em títulos públicos, prepare-se para tirar todas as suas dúvidas a seguir:

1) Por que o Tesouro Direto é considerado seguro?

Quem investe no Tesouro Direto, na verdade, compra títulos emitidos pelo Governo Federal. Na prática, é como se o investidor emprestasse dinheiro ao Governo para financiar suas atividades. “Assim, a chance de haver um calote e o governo deixar de pagar suas dívidas é praticamente inexistente. Além disso, o título fica registrado no seu CPF e é 100% garantido”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

2) Posso substituir a poupança pelo Tesouro Direto?

Sim. A poupança é realmente muito segura, mas o Tesouro ainda apresenta um rendimento melhor na maioria dos casos, mesmo havendo incidência de imposto de renda sobre o rendimento. Para o caso de uma reserva de emergência, por exemplo, o ideal é escolher o Tesouro Selic, que é uma modalidade menos volátil e oferece menor risco de perda no caso de uma venda antecipada.

3) Qual é o primeiro passo para quem quer investir em Tesouro?

Em primeiro lugar, conhecer o funcionamento do Tesouro Direto e saber qual é o melhor título para você aplicar seu dinheiro. Na prática, é necessário apenas ter um CPF e uma conta aberta em uma corretora ou qualquer outra instituição financeira habilitada para operar os títulos do Tesouro Direto. Consulte aqui todas as instituições credenciadas para tal atividade.

4) Existe investimento mínimo no Tesouro?

Muitas pessoas deixam de investir no Tesouro Direto ou em outras modalidades por acreditarem que é necessário ter muito dinheiro para começar. Não é o caso do Tesouro, que é um título bastante acessível. De acordo com Marcela, há papeis do Tesouro Pré-fixado que exigem investimento mínimo em torno de R$ 34; para o Tesouro Selic, o mínimo hoje é de cerca de R$ 100. Ou seja, você não precisa ter um grande montante acumulado para começar a aplicar melhor os seus recursos financeiros.

5) Qual é a diferença entre Tesouro Selic, IPCA e pré-fixado?

Selic: segue a variação da taxa básica de juros e tem liquidez diária, ou seja, você pode sacar de um dia para o outro. Tem baixa volatilidade e por isso oferece pouco risco de perder dinheiro, caso o título seja vendido antes da data de vencimento;

IPCA+: tem sua rentabilidade vinculada à variação de inflação, acrescida de um percentual pré-fixado, garantindo sempre um rendimento real;

Pré-fixado: possui uma remuneração fixa já conhecida no momento da compra do título. Essa modalidade deve ser escolhida apenas por quem tem interesse de mantê-la até o fim do prazo.

6) Por que, quando olho meu extrato, há meses que estou perdendo dinheiro?

“Os preços dos títulos (exceto o Tesouro SELIC) flutuam durante sua vigência e, ao serem resgatados antes da data de vencimento, podem apresentar um preço inferior ao da data da compra, gerando perda financeira”, explica Vignoli.

Esse fenômeno de flutuação de preços é chamado de marcação a mercado e é perfeitamente natural. Vale lembrar, entretanto, que a perda financeira só acontece de fato se você vender o título antes de seu vencimento. Caso contrário, o valor pago no vencimento do papel será sempre o que foi definido no momento da compra, ou seja, positivo.

7) Quais são as perspectivas futuras para o Tesouro após a aprovação da Reforma da Previdência?

Mesmo se aprovada – e tudo indica que será –, a Reforma da Previdência não vai melhorar a economia da noite para o dia. A melhora da confiança, entretanto, aos poucos deve se traduzir em aumento do consumo da população e do investimento nas indústrias.

“Diante deste cenário, as expectativas são de que os juros e a inflação continuem baixos ao longo deste ano e, portanto, tanto o Tesouro Selic quanto o Tesouro IPCA vão continuar remunerando pouco (ainda que o IPCA sempre renda acima da inflação). Ambos, porém, continuarão acima da poupança. Há ainda os papéis pré-fixados, que têm remunerado um pouco melhor, mas eles têm o risco do cenário incerto à frente, e o investidor pode acabar tendo prejuízo”, analisa Marcela.

8) Posso vender meu título antes do prazo de vencimento? Há riscos?

Sim. No caso do Tesouro Selic, os riscos são quase nulos, porque é uma modalidade com baixíssima volatilidade de preços. Já para o Tesouro IPCA e o Pré-fixado, o risco vai depender das oscilações do papel ao longo do tempo, podendo gerar tanto um lucro acima do esperado inicialmente, quanto prejuízo, no caso de venda antecipada.

9) Como funciona o Imposto de Renda para quem investe em Tesouro?

A alíquota do IR cobrada sobre o rendimento é regressiva, ou seja, quanto mais tempo o dinheiro fica investido no Tesouro, independentemente da modalidade, menor será. A variação vai de 22,5% (para investimentos de ate 180 dias) a 15% (acima de 720 dias).

10) Como posso escolher os prazos dos títulos

Os prazos e os títulos disponíveis podem ser consultados nos sites das instituições financeiras. A escolha precisa ser baseada no seu objetivo, seja ele de curto, médio ou longo prazo. Se você quer construir um fundo de emergência ou uma reserva para imprevistos, a dica é investir no Tesouro Selic, já que ele apresenta liquidez diária e você pode vendê-lo antes do prazo de vencimento, se necessário.

Se pretende construir sua aposentadoria privada com Tesouro Direto, a melhor opção é escolher um IPCA+ de longo prazo, que garantirá um rendimento ao longo de todo o período de aplicação.

*Da redação com informações do site Meu Bolso Feliz


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