Após três rompimentos, Crea-ES realizou estudo com proposta de substituição total ou parcial da cobertura por outro material
Por Kebim Tamanini
Desde sua entrega à população, em 2021, a estrutura do Terminal de Itaparica em Vila Velha, já sofreu pelo menos três rompimentos devido ao acúmulo de água em períodos chuvosos, sendo o último registrado no início de março deste ano. Após esses incidentes, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES) elaborou um relatório recomendando a substituição do teto de lona. No entanto, a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória afirmou que planeja manter as membranas que cobrem a área, sujeitas a manutenção periódica.
O relatório do Crea-ES foi solicitado pela Comissão de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano (Coinfra) da Assembleia Legislativa (Ales). A comissão encaminhou para a Ceturb as observações feitas pelo conselho federal.
O presidente do Crea-ES, Jorge Luiz e Silva, alertou para os riscos apresentados pela estrutura. “Existem riscos de colapso de parte da estrutura que é feita em aço, por corrosão, e também existem riscos de desabamento da membrana. Alguns pontos estão rasgados, outros com verrugas que podem suportar até cinco toneladas de água (…). Se tivermos mais chuvas nos próximos dias, há riscos de que essa água concentrada possa cair sobre um usuário do terminal”, pontua.
O relatório do Crea-ES concluiu que é necessário “realizar estudo com proposta que avalie a possibilidade de substituição total ou parcial da cobertura do terminal por outro material ou layout de drenagem, que garantam sua eficiência e segurança para os usuários e funcionários”.
O que diz a Ceturb
O departamento estadual declarou que os pontos destacados no relatório do Crea-ES sobre a cobertura do Terminal de Itaparica são os mesmos já abordados em um estudo técnico contratado pela empresa em fevereiro. Esse parecer está sendo usado para orientar os reparos em toda a cobertura.
“Até o momento, a recuperação das partes das membranas danificadas foi concluída. Está em andamento o reparo dos anéis e cones que unem as membranas, com inspeção e troca dos cabos de aço e manilhas, além de novo tensionamento da estrutura como um todo”, afirmou a Ceturb em nota enviada ao ES BRASIL.
A empresa finalizou que a estrutura será mantida e que está planejada a licitação para o serviço de manutenção periódica, preventiva e corretiva da cobertura, visando manter o bom estado das membranas que a compõem.