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quinta-feira, 2 maio, 2024

Tecnologia faz produção de café conilon “pocar” no Norte do ES

Produtividade obtida pelos irmãos Bianchi, em Governador Lindenberg, deve superar 150 sacas por hectare, resultado bem acima da média, segundo o Incaper

Produzir um café conilon de qualidade e em abundância no Norte do Espírito Santo tem se mostrado um desafio para produtores rurais após a crise hídrica de 2015. Mas quem apostou em sistemas de irrigação modernos, aliados ao manejo correto integrado, já começa a colher os primeiros frutos de uma tecnologia que veio para ficar.

Esse é caso do Sítio Santa Júlia, dos irmãos Zando e Jerri Bianchi, em Governador Lindenberg, município ao Norte do Espírito Santo. Eles implantaram a irrigação por gotejamento e, logo na primeira safra, em 2018/2019, colheram em torno de 105 sacas por hectare. Além da produtividade, o novo sistema ajudou os produtores a economizarem 40% de água e 20% de adubo.

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Já na safra 2019/2020, que é a segunda colheita do café, a expectativa de produção deve superar as 150 sacas por hectare, com economia de 33% de água e 39% de adubo.

“Além da alta produtividade, os frutos estão no auge da maturação, com mais de 90% de frutos cerejas, refletindo em qualidade final da bebida. A Hydra, além do projeto de irrigação, prestou toda a assistência agronômica necessária”, explicou o engenheiro agrônomo responsável pelo pós-venda e assessoria agronômica da Hydra, Eduardo Santana.

Tecnologia na lavoura

Os produtores fizeram uso de tensiômetros (que monitoram a umidade do solo) e do extrator de solução do solo (que fazem o controle do nível de fertilizante no solo) para manejar de forma correta a irrigação e a fertirrigação. De acordo com Eduardo, todo o processo é facilitado com o uso do Fertione, que automatiza todo o processo da irrigação e da fertirrigação. Desta forma, os produtores têm mais tempo para monitorar e cuidar da sua lavoura.

“É surpreendente, satisfatório e animador. É muito difícil conseguir essa produtividade utilizando tão poucos recursos. Eles fizeram um uso racional do que eles tinham lá – água, energia, fertilizante e mão de obra – graças ao sistema e ao manejo. Essa produtividade de 150 sacas por hectare é muito acima da média”, comemorou Eduardo Santana.

De acordo com o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Claudinei Montebeller, resultado acima de 100 sacas de café por hectare é considerado alto, uma vez que a média para este tipo de cultura em área irrigada no Norte do Espírito Santo é de 80 sacas de café por hectare.

Importância do projeto

O também pesquisador do Incaper, José Geraldo Ferreira da Silva, destacou a importância da irrigação e do manejo correto do sistema para a obtenção de alta produtividade na lavoura de café.

“É muito importante ter um bom projeto de irrigação, contar com equipamentos de boa qualidade, tecnologia e, principalmente, fazer o manejo correto deste sistema de forma integrada”, disse José Geraldo.

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