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sexta-feira, 29 março, 2024

Sítio em Atibaia: Moro aceita denúncia contra Lula

Para a força-tarefa da Lava Jato, as empreiteiras Odebrecht e OAS realizaram melhorias no sítio como forma de propina ao ex-presidente. Outras 12 pessoas também foram denunciadas.

O juiz Sérgio Moro aceitou nesta terça-feira (1º) a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras 12 pessoas pelo caso do sítio em Atibaia, no âmbito da Operação Lava Jato.

O ex-presidente já é réu em outras cinco ações e tem uma condenação. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu propina proveniente de seis contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht e a OAS.

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Segundo os procuradores, os valores foram repassados ao ex-presidente em reformas realizadas no sítio.

Conforme a denúncia, as melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão. O pecuarista José Carlos Bumlai, de acordo com a denúncia, também teria pago parte da obra.

Apesar de o imóvel estar em nome dos empresários Fernando Bittar e João Suassuna, sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva, os investigadores da força-tarefa encontraram uma série de elementos que, segundo a denúncia, comprovariam que o sítio pertence, na verdade, ao ex-presidente.

Entre eles, estão bens pessoais, roupas e indícios de visitas frequentes ao imóvel. A denúncia afirma que entre 2011 e 2016, Lula esteve no local cerca de 270 vezes.

De acordo com Moro, as provas apresentadas conseguem sustentar minimamente que Lula era de fato dono do sítio.

Moro citou no despacho que pelos relatos e documentos, as reformas no sítio efetuadas por Bumlai e pela Odebrecht começaram antes do final do mandato presidencial.

Moro afirmou que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, relatou que os custos das reformas no sítio foram abatidos de conta geral de propinas que tinha, entre outras causas, os contratos da OAS com a Petrobras.

O ex-presidente Lula nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente.

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