A dura punição se deve à conclusão da entidade de que a tenista cometeu duas infrações às regras antidoping
Dona de dois títulos de Grand Slam, a tenista romena Simona Halep foi suspensa por quatro anos, por doping, nesta terça-feira. A ex-número 1 do mundo, afastada do circuito desde setembro do ano passado, já avisou que vai recorrer da decisão anunciada pela Agência Internacional para a Integridade do Tênis (ITIA).
A dura punição se deve à conclusão da entidade de que a tenista cometeu duas infrações às regras antidoping. Halep foi flagrada em exame realizado durante o US Open do ano passado, quando uma de suas amostras apontou a presença da substância roxadustat, contida em remédios usados por pacientes com doenças renais e anemias graves.
Além desta infração, a tenista romena infringiu às regras do Passaporte Biológico, documento que contém o histórico de exames de cada atleta. Na prática, se um esportista não se apresenta para fazer esta análise por três vezes, as autoridades consideram como caso de doping.
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Halep havia sido suspensa de forma provisória em outubro do ano passada, logo após disputar o US Open. Ela precisou esperar por quase um ano para descobrir a sentença final, anunciada nesta terça.
“Simona Halep foi acusada de duas violações distintas, a primeira por causa de um Resultado Analítico Adverso (AAF) para a substância proibida roxadustat no US Open de 2022 e a segunda sobre irregularidades em seu Passaporte Biológico”, diz comunicado divulgado pela ITIA.
Com a suspensão de quatro anos, a tenista, que completará 32 anos no fim do mês, só poderá voltar a competir em 6 de outubro de 2026, quando terá 35 anos.
Recurso
Halep já avisou que vai recorrer da decisão. “Levo muito a sério as regras que governam nosso esporte e tenho orgulho de nunca ter ingerido propositalmente qualquer tipo de substância proibida. Eu me recuso a aceitar uma suspensão de quatro anos”, registrou a atleta, pelas redes sociais.
“Embora esteja grata por finalmente ter conseguido um resultado após numerosos atrasos infundados e uma sensação de viver no purgatório durante mais de um ano, estou ao mesmo tempo chocada e decepcionada com a decisão.”
Desde a suspensão temporária, Halep alega que foi vítima de uma contaminação de um suplemento que ingeriu durante o US Open. “Este grupo (ITIA) ignorou o facto de nunca ter sido encontrada nenhuma substância proibida nas minhas amostras de sangue ou de urina, com a única excepção de um teste positivo para roxadustat em 29 de Agosto, que estava presente num nível extremamente baixo e que, ao considerar o meu teste negativo três dias antes, só poderia ter sido causado por exposição acidental ao roxadustat.”
“Eu continuo a treinar e a fazer tudo o que estiver ao meu alcance para limpar o meu nome diante destas falsas alegações e para regressar às quadras. Pretendo recorrer desta decisão na Corte Arbitral do Esporte (CAS) e vou buscar todos os recursos legais disponíveis contra a empresa de suplementos em questão.” Com informações Agência Estado