Tales Machado, presidente do Centrorochas, comentou sobre a diversificação de mercado necessária ao setor de rochas
Por Amanda Amaral
Representantes de empresas capixabas participaram na última semana da mais importante feira de negócios para o setor de rochas do Espírito Santo – a Coverings 2023, que aconteceu em Las Vegas, EUA. O presidente do Centrorochas, Tales Machado, falou com exclusividade para o Portal ES Brasil sobre suas impressões sobre o evento e da necessidade da busca por novos mercados mundiais.
Tales Machado estava nos EUA na ocasião da entrevista e pode visitar clientes durante sua estadia no país. O presidente do Centrorochas destacou novos interesses do mercado pelas pedras naturais brasileiras.
“O quartzito é um mineral bem específico do Brasil, pouquíssimas locais do mundo têm esse mineral. É o que eles têm procurado, porque tem uma dureza maior e um brilho muito forte. São os materiais mais procurados e mais vendidos. Há poucos anos quando começou o ‘boom’ do quartzito os granitos ficaram um pouco de lado. Todo mundo só queria saber do do quartzito, porém eu vi muita procura pelo granito novamente”, afirma.
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Exportações de rochas naturais crescem 12,7% em um ano - Mesmo diante de desafios logísticos, indústria alcança desempenho histórico e consolida sua posição entre os maiores players mundiais Tales Machado também comentou sobre a alta nas taxas de juros em países como o EUA, o que inibe os investidores. Contudo, segundo ele, o mercado continua realizando demandas. “Mas a gente não para de negociar. Visitei vários clientes e todos querem negociar com os brasileiros. As empresas todas pelas quais passei querem negócios com o Brasil”, pontua.
Os EUA são o principal importador das rochas naturais brasileiras, mas somente o Espírito Santo responde por quase 80% do que é comercializado no Brasil para terras estrangeiras. O presidente do Centrorochas destacou a importância de diversificar o mercado.
“Um dos pontos que a gente tem trabalhado muito é a diversificação. Um dos debates que nós temos é não ficar dependente demais de um mercado. Os empresários trabalham o exterior como um todo. Isso tem feito as empresas brasileiras manterem o nível, o mercado nacional também é muito grande”, explica.
*Matéria publicada originalmente em 25 de abril de 2023
