Capixabas que participam da Coverings falam sobre os novidades do setor, investimentos e planos para 2022
Por Amanda Amaral
Das 73 empresas brasileiras presentes na Coverings 2022, 61 delas são capixabas. Além disso, o pavilhão do Brasil é o maior de todas as edições do evento, que é o mais tradicional de toda a América no setor de revestimentos. A feira se encerra nesta sexta-feira (08), em Las Vegas, nos Estados Unidos, e capixabas que representaram o Espírito Santo comentam sobre a receptividade americana e oportunidades de negócios.
Somente em 2021, o Brasil foi responsável por 23,28% (US$ 889 milhões) do que foi exportado pelo setor de rochas para os Estados Unidos, sendo o maior fornecedor para o país americano.
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Negócios nos EUA
“O Brasil está no primeiro lugar entre fornecedores de rochas ornamentais para os EUA e mais de 80% dessas exportações são realizadas pelo Espírito Santo”, explica o presidente do Centro Brasileiro de Exportadores de Rochas (Centrorochas), Tales Machado.
Após dois anos, a Coverings volta a ser realizada presencialmente. “Estamos recebendo grande participação. Aqui há clientes não só dos EUA, mas de outros países. O objetivo principal é estreitar relacionamentos e apresentar os materiais, mas desde o primeiro dia, já havia empresas fechando negócios, o que é muito positivo”, comentou.
Novidades do Setor
O gerente de projetos da Centrorochas, Rogério Ribeiro, explica que o Brasil apresenta grande diversidade geológica, com mais de 1.200 variedades de produtos.
“Quando falamos de novos materiais, descobertas de novas rochas, a pérola do momento é o quartzito. Existe o granito da Índica e da China, o mármore da Itália, mas quartzito é só no Brasil e há uma variedade enorme”, disse.
Ele complementa: “Além disso, o que chama atenção dos compradores são as rochas exóticas. O que antes era visto como defeito, hoje é exclusividade. Elas são fora do padrão, não possuem formatos homogêneos. Então a gente procura apresentar essa novidade na feira”.
Investimentos e Exportações
Os investimentos no setor de rochas também estão crescendo, segundo Tales Machado. “Depois da pandemia, a comercialização aqueceu muito, o que fez com que as empresas começassem a investir mais também. Elas estão ampliando a produtividade para aumentar participação no mercado. Em 2021, batemos recorde de exportações com US$ 1,34 bilhão”, lembra.
Além disso, ele destaca a parceria com Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) visando a internacionalização do setor de rochas ornamentais. “Essa é a primeira grande feira que estamos participando após assinatura do convênio com a Apex. Estamos batendo outro recorde com a área total de exposição, que está enorme, e também com grande participação, são 73 empresas”, destaca. O pavilhão brasileiro possui área total de 3.456 metros quadrados, o que equivale a sete piscinas semiolímpicas.
Ações para 2022
O setor este ano pretende se dedicar aos profissionais que especificam as rochas, entre eles, arquitetos e empreiteiros. Isso porque a vontade é se aproximar do público que avalia e indica os produtos para o cliente final visando não perder espaço para rochas artificiais, carpetes e aço.
“A ideia é realizar ações que nos aproximem do especificador para que eles percebem a exclusividade da rocha ornamental, que não é produzida em série e vem da natureza. Vamos falar mais sustentabilidade, pois a produção de um metro quadrado de rocha é menos agressiva do que outras superfícies. Aumentando o desejo pela compra, esperamos aumentar também as exportações”, disse Rogério Ribeiro.