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domingo, 5 maio, 2024

R$ 500 milhões para o saneamento básico da Serra até 2025

Com o investimento na rede de saneamento básico da Serra, a cobertura do município deve chegar a 95% de cobertura em 2023

Por Amanda Amaral

Está previsto o investimento de R$ 500 milhões em saneamento básico no município da Serra até o ano de 2025. Entre as obras, modernização das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e expansão dos sistemas de coleta, instalação de novas estações elevatórias e outras ações.

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As informações são do Grupo Aegea, que no município atua com a marca Serra Ambiental, que opera uma parceria público-privada (PPP) com a Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan). O objetivo é alcançar 100% de cobertura na cidade serrana, e em outros municípios onde o Grupo atua, como Cariacica e Vila Velha.

Cobertura em 2023

O serviço de coleta e tratamento de esgoto da Serra ultrapassou 90% e irá alcançar 95% de cobertura em 2023, de acordo com informações divulgadas pela Serra Ambiental, o que marcará a universalização do serviço na cidade.

Desde a efetivação da PPP, na Serra, o número de imóveis ligados à rede coletora de tratamento aumentou em 53%, e as redes de coleta foram expandidas em 39,78%.

Ligação de esgoto

Apesar disso, aproximadamente 22 mil moradores do município ainda não ligaram seu imóvel à rede de esgoto. O bairro Lagoa de Carapebus, por exemplo, possui cobertura de 98%, ou seja, quase sua totalidade. Entretanto, 16% dos imóveis do bairro ainda não estão conectados ao sistema de esgotamento sanitário.

A ligação de esgoto é obrigatória para quem reside em área urbana que tenha rede coletora em sua rua, de acordo com a Lei do Saneamento (11.445/07), o decreto federal (7.217/10) que a regulamentou, e a deliberação 106/09 da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp).

Taxa de internações

Em razão do avanço com implementação do saneamento básico, a Serra registrou queda de 39% nas doenças de veiculação hídrica ou respiratória entre 2012 e 2019. Dados do Instituto Trata Brasil demonstram que, à medida que os investimentos em esgotamento sanitário avançaram, houve queda na taxa de internações provocadas pela falta de saneamento.

Ainda de acordo com o Instituto, as ações de saneamento já geram uma economia de R$ 8,5 milhões por ano ao município, projeção média que segue até 2040.

saneamento básico da serra
A ETE Manguinhos é a maior da Serra e, após investimentos, se tornou a mais eficiente. Foto – Divulgação

Valorização imobiliária

A ligação à rede de distribuição de água e esgoto elevou também o valor dos imóveis em cerca de 25%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor de locação pago nas moradias brasileiras que tinham acesso aos serviços de esgotamento sanitário chega a ser 50% superior em comparação aos valores pagos em imóveis sem qualquer acesso ao saneamento básico, de acordo com levantamento de 2019 do IBGE.

Com a universalização do saneamento, os ganhos anuais do setor imobiliário no País são estimados em R$ 4,9 milhões até 2040.

Economia local

De acordo com a Ambiental Serra, a empresa gera 599 empregos diretos por ano, e já investiu R$ 1,3 bilhão em salários e benefícios entre 2012 e 2019, o que também ajudou na movimentação da economia local.

O Grupo Aegea foi criado em 2010 e é líder no setor privado de saneamento básico no Brasil. Atualmente, segundo divulgação da companhia, mais de 21 milhões de pessoas são atendidas em 154 municípios, de norte a sul do Brasil.

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