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sexta-feira, 3 maio, 2024

Cinco cidades do ES registram casos de Febre do Oropouche

Secretaria de Estado da Saúde afirma que a circulação ainda é baixa em relação ao número de amostras testadas até o momento

Por Kebim Tamanini

Uma nova preocupação se instaura entre os capixabas com o registro de casos da Febre do Oropouche em cinco cidades do estado. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) confirmou 12 casos pela realização de testes de RT-PCR, conduzidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que analisou 1.872 amostras.

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Segundo informações da Sesa, seis casos foram identificados em Colatina, dois em Vitória, dois em Sooretama, um em Rio Bananal e um em São Gabriel da Palha. Apesar desses registros, a positividade para a Febre do Oropouche ainda é considerada baixa, representando apenas 0,42% das amostras testadas até o momento.

“É uma doença que não apresenta letalidade, até o momento, e tem sintomas muito parecidos com os da dengue – febre, dor no corpo e dores nas articulações. É essencial o diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos”, relatou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso.

Secretaria de Estado da Saúde afirma que a circulação ainda é baixa em relação ao número de amostras testadas até o momento
Subsecretário de Vigilância em Saúde do Espírito Santo, Orlei Cardoso. Foto: Sesa

Enquanto isso, a situação no restante do país também preocupa. O Ministério da Saúde informou que o Brasil já contabiliza mais de 3,3 mil casos de Febre do Oropouche. Mais de 70% desses casos ocorreram no estado do Amazonas, que enfrenta um surto com mais de 2,5 mil infecções registradas.

Embora seja mais frequente na região Norte, casos já foram identificados em 24 unidades federativas. Os estados que mais registraram ocorrências, além do Amazonas, são Rondônia (574), Acre (108), Bahia (31), Pará (29) e Roraima (18). O Ministério da Saúde ressalta que as detecções fora da região Norte estão relacionadas a pessoas que viajaram, indicando uma origem na área amazônica do país.

O que é a Febre do Oropouche, sintomas e diagnóstico

A Febre do Oropouche (FO) emerge como uma preocupação crescente na saúde pública, sendo causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, que teve o primeiro registro no Brasil em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos têm sido relatados principalmente nos estados da região Amazônica do Brasil, bem como em outros países das Américas Central e do Sul, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.

A transmissão da Febre do Oropouche ocorre principalmente através de mosquitos. Após a picada em uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias, permitindo que seja transmitido para outra pessoa saudável quando o mosquito pica novamente.

Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Portanto, é crucial que os profissionais de saúde pública possam diferenciar essas doenças por meio de critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais para orientar as ações de prevenção e controle.

Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado, visto que a FO é classificada entre as doenças de notificação compulsória, devido ao seu potencial epidêmico e alta capacidade de mutação, representando uma ameaça à saúde pública.

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