29.4 C
Vitória
terça-feira, 30 abril, 2024

Projeto prevê ações de combate ao uso de cigarro eletrônico no ES

O Ministério da Saúde afirma que 0,6% dos jovens acima de 15 anos fazem uso de cigarros eletrônicos

Por Kebim Tamanini

A última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a pedido do Ministério da Saúde, em 2019, revelou que 0,6% dos jovens acima de 15 anos relataram fazer uso de cigarros eletrônicos. Por esse motivo, o deputado estadual Dr. Bruno Resende propôs à Assembleia Legislativa (Ales) o Projeto de Lei nº 467/2023, que prevê atividades de prevenção e combate ao uso de cigarros eletrônicos.

- Continua após a publicidade -

Se for aprovado, o PL será enviado à sanção do governador Renato Casagrande. Mas o Dr. Bruno já justificou aos colegas do parlamento que “a campanha tem como objetivo conscientizar os jovens de que o uso dos cigarros eletrônicos é extremamente prejudicial à sua saúde e não é seguro”.

O deputado, que também é médico oncologista, adverte que o cigarro eletrônico apresenta vários riscos, especialmente, para a saúde cardiovascular, com aumento das taxas de colesterol HDL (o mau colesterol), alteração do fluxo sanguíneo e prejuízos ao funcionamento das artérias. 

O Ministério da Saúde afirma que 0,6% dos jovens acima de 15 anos fazem uso de cigarros eletrônicos
Deputado Dr. Bruno foi o proponente do Projeto de lei. Foto: Ales

Na matéria proposta, o político alerta que os dispositivos eletrônicos de fumar, por não produzirem fumaça, podem levar o usuário a pensar que são inofensivos, o que não condiz com a verdade, pois exalam vapor ou aerossol que contém substâncias perigosas para o organismo humano.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a quantidade de fumantes de cigarros tradicionais diminui ano a ano, graças a uma série de evidências científicas comprovando os seus danos à saúde, enquanto o consumo de cigarros eletrônicos por jovens é cada vez maior, embora os malefícios sejam os mesmos do cigarro convencional.

Riscos

A cardiologista Jaqueline Ribeiro Scholz, do Inca, adverte que os aditivos aromatizantes, que geram os “sabores” do cigarro eletrônico, podem elevar o risco de problemas. “Trocar o cigarro tradicional pelo eletrônico não modifica os riscos inflamatórios, de formação de coágulos e trombos e de arritmia associados ao ato de fumar. Isso acontece porque o cigarro eletrônico também tem alta carga de nicotina, que causa dependência, aumenta a atividade inflamatória e o risco de problemas cardíacos”, explica a especialista.

Proibido

No Brasil a importação, comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos estão proibidos desde 2009. Essa vedação consta na Resolução nº 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, tem sido cada vez mais observado o seu uso, em especial entre a população mais jovem, atraída pelos diversos “sabores” disponíveis para o produto..

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA