País é o que mais importa aves produzidas no Brasil, com 11% do total vendido em 2022
Por Anderson Neto
O setor de avicultura do Espírito santo já pode comemorar. O Japão retirou a suspensão imposta para as compras de carne de aves, ovos e derivados produzidos no Espírito Santo. A decisão tinha sido tomada pelos japoneses após o estado detectar o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) do país em uma ave de subsistência, no município de Serra.
A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves) informou que não vai se manifestar sobre a suspensão do embargo japonês. A entidade alega que é uma questão de articulação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “Nós, enquanto entidade, apenas observamos o desenrolar da situação”, disse a nota enviada pela assessoria.
Apesar da restrição temporária, o Japão não importava carne de frango capixaba desde antes do caso. Ainda assim é um dos países que mais compra carne de aves produzidas no Brasil, com 11% do total vendido em 2022, segundo o portal de estatísticas de comércio exterior brasileiro (Comex Stat).
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro se reuniu com os ministros da Agricultura, Florestas e Pesca, Tetsuro Nomura, e da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, Katsunobu Katō, para tratar especialmente sobre o protocolo de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) para as exportações de produto para o país.
Protocolo
Em um novo acerto ficou ajustado que as restrições de exportação dos produtos de frango e ovos ficam limitadas apenas aos municípios onde houver detecção de focos da gripe aviária e não mais ao estado todo.
De acordo com o protocolo japonês, é necessário aguardar um prazo de 28 dias para enviar o relatório para a análise da autoridade sanitária japonesa a fim de que se possa retomar a exportação. Desta forma, o estado de Santa Catarina ainda segue com a suspensão temporária até o cumprimento do protocolo sanitário para que o mercado seja reaberto.
O Brasil segue sendo um dos únicos do mundo a manter o status de livre da IAAP em granjas comerciais, conforme o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Além disso, é importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos.