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sábado, 27 abril, 2024

Produção industrial capixaba cresce 1,6% em fevereiro

O desempenho da produção industrial capixaba foi superior à média nacional e o sexto melhor entre os estados brasileiros

Por Amanda Amaral 

A indústria capixaba cresceu 1,6% em fevereiro na comparação com janeiro deste ano. Com esse resultado, o Espírito Santo ficou na 6º posição entre os estados brasileiros com o melhor desempenho e acima da média nacional do período de -0,2%.

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As informações são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com análise da equipe econômica do Instituto Jones Santos Neves (IJSN). É a segunda alta consecutiva do setor industrial no Espírito Santo, após o crescimento de 18,2% em janeiro.

Já na comparação com fevereiro de 2022, houve retração de -0,6%. Neste período, duas das cinco atividades industriais capixabas apresentaram resultados positivos: Indústria Extrativa (+5,0%) e Fabricação de celulose, papel e produtos de papel (+2,4%).

No período, houve retratação em Fabricação de produtos minerais não metálicos (-19,9%), Metalurgia (-8,7%) e Fabricação de produtos alimentícios (-7,2%). Ainda na comparação interanual, o Espírito Santo ficou em 7º no ranking entre os estados brasileiros com melhor desempenho.

Outra queda da produção industrial capixaba foi registrada no acumulado de 12 meses (-9,9%). A principal atividade responsável por esse resultado foi a Indústria Extrativa (-18,4%). Também houve retração na Fabricação de produtos minerais não-metálicos (-12,3%), na Fabricação de produtos alimentícios (-8,3%) e na Metalurgia (-5,0%). A única atividade que apresentou resultado positivo no período foi a Fabricação de celulose, papel e produtos de papel (+4,2%). Nessa base de comparação, o Espírito Santo apresentou o pior resultado em crescimento comparado os demais estados brasileiros.

Acumulado de 2023

No acumulado do ano de 2023, a produção industrial capixaba recuou 3,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Esse resultado foi influenciado principalmente pelo desempenho da indústria de transformação (-10,2%) e da indústria extrativa (-0,1%).

A gerente executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva, aponta que todas as atividades pesquisadas da indústria de transformação capixaba recuaram no primeiro bimestre do ano. “Esse desempenho contracionista do setor pode ser explicado tanto pela desaceleração da atividade econômica global no período, que desestimula as exportações, quanto pela elevada base de comparação em 2022”, comenta.

Ainda de acordo com a economista, o comportamento da indústria extrativa (-0,1%) pode ser explicado pelo contrabalanceamento entre a queda no setor de petróleo e gás natural e o avanço na produção de minério de ferro pelotizado.

“De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a produção de petróleo no Espírito Santo acumulou queda de 11% no primeiro bimestre de 2023, e a extração de gás natural recuou 10,9%. Já segundo relatório trimestral da Vale, houve um expressivo aumento (206,8%) na produção da planta de Tubarão 3 no primeiro trimestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado (quando se encontrava em uma fase mais longa de manutenção programada)”, comenta.

produção industrial
A economista-chefe da Findes, Marília Silva, comenta sobre o comportamento da industria extrativa. Foto: Divulgação/Findes

Economia global 

A presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, comentou que, o primeiro bimestre de 2023 foi marcado pela desaceleração da atividade econômica global, devido a uma política monetária contracionista nas principais economias do mundo, entre elas o Brasil. “Por outro lado, também temos motivos para estar otimistas, como a reabertura da economia chinesa, os primeiros sinais de redução de inflação global e a normalização das cadeias globais de suprimento. Vale lembrar que a nível local, segundo a Bússola de Investimentos produzida pelo Observatório da Indústria da Findes (consultada em 26 de abril), o Espírito Santo vai receber mais de R$ 37,9 bilhões em investimentos em 293 projetos até 2028. Isso significa geração de emprego e renda para a população”, apontou Cris.

 

 

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