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terça-feira, 23 abril, 2024

Quais são as possibilidades “mais baratas” para quitação de dívida?

Você sabia que é possível fazer a portabilidade de sua dívida para outro banco ou ainda trocar de linha de crédito para pagar menos juros?

Você tem um financiamento caro e pouco vantajoso? Então, saiba que é possível fazer a portabilidade de sua dívida para outro banco. A prática é garantida pela Resolução nº 4.292 do Conselho Monetário Nacional e vale para qualquer tipo de operação de crédito, como financiamento de veículos, imobiliário, empréstimo consignado ou pessoal.

O primeiro passo é entrar em contato com a sua instituição financeira atual e pedir um extrato consolidado da dívida. Lá, deve constar informações sobre a taxa de juros, saldo devedor e número do contrato. Com esses dados em mãos, você pode ir a outros bancos em busca de condições melhores.

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Para ver se a portabilidade vale a pena, você precisará comparar o Custo Efetivo Total (CET) – que inclui juros e custos adicionais – da sua proposta atual com a nova proposta. O valor do saldo devedor e do prazo da nova operação não podem ser superiores aos da primeira, isso significa que as parcelas devem alterar de valor. Vale lembrar que a linha de crédito será a mesma, o que mudará são os custos, conforme cada banco.

Entenda os dois conceitos

Troca de dívidas e portabilidade da dívida são conceitos diferentes. A portabilidade da dívida é quando você transfere seu empréstimo ou financiamento de uma instituição para outra com condições mais vantajosas, como juros mais baixos ou melhor atendimento.

Quais são as possibilidades "mais baratas" para quitação de dívida?
Economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti (Fotografia – Divulgação)

Já a troca de dívidas é quanto você pega um novo empréstimo para pagar uma dívida ou financiamento anterior. Mas atenção: isso só deve ser feito se o novo empréstimo tiver juros menores, como pegar um empréstimo consignado para pagamento de dívida de cartão de crédito. “Além disso, é importante pegar somente o valor que você precisa para pagar a dívida, evitando pegar aquele pouquinho a mais para comprar coisas que não são essenciais”, orienta Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

No caso de optar por trocar de dívida, a vantagem está em escolher uma alternativa mais barata para suas necessidades. Tradicionalmente, os recursos do cheque especial e o rotativo dos cartões de crédito são as linhas mais caras do mercado. Empréstimos do tipo consignado ou pessoal, em geral, são mais baratos, enquanto os empréstimos para negativados (quem tem o nome sujo) são bem mais caros. Simule aqui se a troca de dívidas compensa.

No caso da portabilidade, você se manterá na mesma linha de crédito, mudando apenas a instituição financeira. Aí, os custos financeiros de seu financiamento podem variar de banco para banco.

Uma forma de reduzir um pouco o custo financeiro é oferecendo garantias reais à instituição. “Existem empréstimos com garantia real, ou seja, normalmente, com o oferecimento de um veículo ou de um imóvel como garantia. Mas o objetivo para a tomada do empréstimo tem que ser algo muito importante para justificar o oferecimento deste tipo de garantia, ainda mais se for um imóvel, pois caso você não pague o empréstimo, o banco pode tomá-lo de você”, avisa José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil.

E se você tiver dinheiro para pagar a dívida à vista, compensa?

Caso você possua reservas financeiras e pense em liquidar antecipadamente sua dívida, o cálculo para saber se vale a pena deve ser o seguinte: compare a taxa de juros da dívida com o rendimento da aplicação que o dinheiro está. Se o juros da dívida forem maiores, vale quitá-la. Caso o rendimento do investimento seja maior, mantenha o montante investido e pague as parcelas mensais.

“Na maior parte dos casos, os rendimentos obtidos são menores do que os custos de um empréstimo. Aí, compensa resgatar a aplicação para se livrar da pendência. A única exceção são os financiamentos imobiliários, que possuem taxas de juros menores e valores totais muito elevados”, avalia Marcela.

Quais são as possibilidades "mais baratas" para quitação de dívida?
José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil (Fotografia – Divulgação)

Fique atento e negocie descontos se for pagar à vista – geralmente, as instituições aceitam essa negociação. Lembre-se, também, sempre que as linhas de crédito têm intuito de serem temporárias, servem para pagar bens ou serviços específicos, quando não há receita para cobri-los.

“Quando você estiver utilizando linhas de crédito temporárias como se fossem permanentes, é sinal de que algo está errado. O melhor exemplo disso é usar o limite do cheque especial como se fosse parte de sua renda mensal”, diz Vignoli.

*Da redação com informações do Meu Bolso Feliz


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