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sexta-feira, 26 abril, 2024

Português reprova 50% dos jovens em seleção, aponta pesquisa

Nossa querida língua portuguesa tornou-se a grande vilã na busca por uma vaga no mercado de trabalho entre os jovens

Essa triste realidade foi constatado em uma pesquisa feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) com 9.149 participantes. A verificação foi feita com base em um ditado com 30 palavras cotidianas. Caso houvesse mais de sete erros, ocorria a eliminação. A amostragem foi divulgada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos.

A maioria, 50,3%, apresentou um desempenho abaixo do permitido na avaliação, contra 49,7% de aprovados. O número de pessoas com resultados negativos aumentou. No estudo efetuado em 2017, foram 46% desclassificados contra 54% bem-sucedidos.

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Estudantes do ensino médio técnico e regular tiveram os níveis as médias mais altas de erros, com 55,9% e 52,9%, respectivamente. Os melhores índices ficaram com quem já cursa pós-graduação, com somente 16,7% eliminados. Os universitários foram a camada com mais participantes: representam 73% do estudo e tiveram 49,5% de reprovação.

O intuito da análise, segundo a recrutadora Helenice Resende, é identificar os principais motivos da desclassificação de candidatos e, com isso, auxiliá-los na compreensão dos pontos de melhoria.

Segundo recrutadora, muitos não percebem ter dificuldade com a gramática
Por mais contraditório que possa parecer, alunos de rádio e TV, ou seja, que optam pela área de comunicação, dispararam com a performance mais baixa: 74,2% dos graduandos não conseguiram passar no teste. Em segundo lugar, com 62,5%, aparece Biomedicina. Na sequência, aparecem Administração (57%), Direito (54%) e Publicidade (50,4%).

Em contrapartida, Engenharia de Produção e Letras ocupam primeiro e segundo lugares no ranking dos números mais satisfatórios, com 89,1% e 83,3% de aprovação, respectivamente. Entre os cinco melhores ainda ainda estão Psicologia (73,9%), Engenharia de Computação (71,7%) e Ciência da Computação (71%).

“Para melhorar seu nível de conhecimento gramatical, o primeiro passo é identificar essa necessidade. Muitos não percebem suas defasagens e, por isso, não compreendem o motivo da desclassificação”, ressalta Helenice.

Atualmente, os testes são feitos on-line. Mesmo assim, os candidatos escorregam e têm um baixo desempenho. A recrutadora orienta: “Leia livros, revistas e jornais com frequência. Fique atento quanto ao acesso exagerado a conteúdos informais, como os das redes sociais, pois podem confundir o leitor. Além disso, quando visualizar ou ouvir uma palavra nova, pesquise, pois isso contribuirá para o enriquecimento do seu vocabulário”.

Para ela, também é válido desativar o corretor ortográfico automático, comum nos smartphones e procurar cursos, aplicativos ou jogos voltados ao aprimoramento das suas capacidades linguísticas.

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