Serviço é o meio de pagamento mais popular do país, com alta de 75% em relação ao ano anterior
Por Gustavo Costa
Não tem como negar, o Pix definitivamente já faz parte do cotidiano dos brasileiros em todos os lugares. Apenas em 2023 foram quase 42 bilhões de transações pelo serviço, um aumento de 75%, em relação a 2022. A informação é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseados em levantamentos divulgados pelo Banco Central (BC) e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).
Com esse volume de operações, o Pix se consolida como meio de pagamento mais popular do Brasil, deixaram para trás boletos, Transferência Eletrônica Disponível (TED), Documento de Crédito (DOC), cartões de crédito e débito, cheques e TEC no Brasil, que, somadas chegaram a 39,4 bilhões de transações.
Marcel Lima, líder do comitê de Conteúdo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES), lembra que a existência de uma ferramenta gratuita e efetiva de transação bancária, como o Pix, tem pressionado uma redução ou eliminação de taxas nessa modalidade de serviço por parte dos bancos, mas o principal fator que contribui para uma melhora da experiência dos clientes é a concorrência. “Quanto mais instituições bancárias estiverem disponíveis ao mercado brasileiro, menores tarifas tendem a ser praticadas e melhores serviços devem ser disponibilizados”, frisou.
Além das fronteiras
Enquanto o serviço conquistou os brasileiros, um solução semelhante pode ser lançada para conectar os mercados de cerca de 60 países. Funcionaria como um “Pix Internacional” e está sendo estudado atualmente pelo Banco de Compensações Internacionais.
Batizado de Nexus, a solução trabalhara com a criação de APIs para processar essas transações e que seriam, então, disponibilizadas para os bancos centrais e então para os bancos de cada país. Ele já está em alguns países.
A ideia é que o serviço resolva as dificuldades atuais na área de pagamentos em diferentes países, como regras de segurança para evitar usos ilícitos, conversões cambiais rápidas e criação de uma linguagem que sirva como ponte para os sistemas de pagamentos ao redor do mundo.