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domingo, 19 maio, 2024

PIB vai parar de cair no 4º trimestre de 2016

É o que indica estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na última sexta, 23.

A recessão econômica iniciada no final de 2014 caminha para a estabilização ainda no 4º trimestre deste ano. É o que aponta um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na última sexta-feira, 23. A avaliação é que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos no país – deve enfrentar mais uma queda no 3º trimestre, mas já deve ter um resultado “senão positivo, já estável”, ainda no 4º trimestre de 2016.

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O setor industrial, por exemplo, registrou avanço de 0,3% no 2º trimestre, depois de uma sequência de cinco quedas consecutivas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Ipea avalia que apesar do PIB ter voltado a registrar queda no 2º trimestre, é possível identificar uma redução no ritmo de queda dos componentes do PIB, pelo lado da demanda e da oferta. Nos dois primeiros trimestres de 2016, o PIB recuou 2% (em termos atualizados), bem abaixo do resultado apresentado ao longo de 2015, quando caiu a uma taxa média anual de 5,9%. “A gente consegue identificar uma desaceleração nessas variáveis, inclusive com alguns setores já apresentando desempenho positivo ao longo de 2016”, disse o economista e autor do estudo, Leonardo Mello de Carvalho.

Os resultados dos investimentos também voltaram a crescer, após dez períodos de queda. “Se ainda não se consegue falar que a recessão acabou, acho que dá, sim, para dizer que a economia caminha para uma etapa de estabilidade, que o pior da crise já foi superado, com base nessa trajetória de queda mais suave da maioria dos indicadores e crescimento já em alguns”, reiterou Carvalho.

Impacto no emprego

Uma ressalva feita pelo economista do Ipea é que o emprego tem um peso grande na melhora efetiva da economia, visto que está ligado ao fraco desempenho do consumo das famílias. Carvalho acredita em uma piora no mercado de trabalho nos próximos trimestres porque ele possui uma dinâmica que responde com defasagem em relação à atividade econômica. “Os empresários esperam para ter certeza se, realmente, a recessão vai piorar, se será uma coisa mais intensa, para iniciar as demissões. Então, tanto na entrada como na saída da crise, a resposta do mercado de trabalho demora um pouco mais para acontecer”, conclui Carvalho.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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