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sábado, 27 abril, 2024

Pesquisa revela preocupação do brasileiro na velhice

Quem nunca se preocupou com o futuro e com a aproximação da velhice que atire a primeira pedra. A­final, essa fase acaba chegando para todos, seja de maneira tranquila ou conturbada, principalmente por conta dos problemas que poderão surgir ao longo do tempo.

E para avaliar os principais temores da população brasileira em relação ao tema, a Nielsen – provedora global de informações e insights sobre o que o consumidor assiste e compra – acaba de divulgar a pesquisa Global sobre Envelhecimento. Além das preocupações, o estudo também apresenta as principais dificuldades relacionadas ao consumo dessa população que, no cenário atual, não tem suas necessidades atendidas.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o ano de 2050 mais de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo terão mais de 60 anos de idade. Diante desse quadro, a pesquisa aponta que o principal temor do brasileiro sobre o envelhecimento é perder a agilidade mental e física (64% e 60%, respectivamente). Outro fator que chama a atenção dos entrevistados e que ocupa o terceiro lugar na lista está relacionado com a perda de autonomia para cuidar das necessidades básicas, como se alimentar e tomar banho sozinho.

A falta de dinheiro também se enquadra nesse ranking, pois ainda ganham destaque no estudo as questões ­financeiras: 53% ­ficam apreensivos por não ter dinheiro para cobrir despesas médicas e 50% em não conseguir viver confortavelmente. Segundo a pesquisa, 81% dos entrevistados brasileiros julgam que estarão mais bem preparados ­financeiramente do que seus pais quando chegar o momento da aposentadoria, e 36% dizem que a principal fonte de renda nesse período será proveniente de economias e investimentos pessoais.

Um pensamento que faz parte do dia a dia da publicitária Ana Paula Martins, de 27 anos, que já demonstra interesse em abrir uma poupança para não passar aperto futuramente. “Hoje em dia a vida está muito complicada, e é preciso batalhar para ter uma velhice tranquila. Se dependermos somente do INSS, é certo que vamos passar aperto mais para frente, e convenhamos que um idoso não pode se dar ao luxo de não ter dinheiro para arcar com suas despesas médicas. Estou me dedicando ao máximo para melhorar de vida e viver de maneira confortável, investindo em cursos e estudando bastante. Quanto mais quali­ficada estiver, mais chances tenho de melhorar o meu salário, algo que irá contribuir positivamente no futuro”, revela.

PRIORIDADES

Ao pensar na vida após a aposentadoria, a maior prioridade da população é manter a saúde física e mental (71%) e ter uma alimentação saudável (47%). O estudo também revela que 33% dos entrevistados pretendem se aposentar entre 50 e 55 anos, e 34% entre 60 e 65. “Esses dados demonstram que, para o varejo, esse será o principal perfi­l de consumidor no futuro”, a­rma a analista de mercado da Nielsen, Aline Sena.

Mas e as empresas? Será que elas estão preparadas para atender a esse público em especifico? Segundo a executiva, as preocupações básicas estão sendo deixadas de lado. “As empresas têm oportunidade de investir em acessibilidade como rampas, elevadores, embalagens mais fáceis de abrir e rótulos que facilitem a leitura”, comenta.

De acordo com o estudo da Nielsen, apenas 34% das lojas varejistas apresentam iluminação adequada para suprir a necessidade dos idosos, enquanto 46% atendem parcialmente. Somente 19% possuem prateleiras de fácil alcance e 18% contam com corredores largos, banheiros e caixas adaptados para de­ficientes.

Segundo os entrevistados, o atendimento ao público também precisa ser melhorado, com sinalização adequada e anúncios em letras grandes. Uma realidade que, segundo o diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória (CDL), Marcelo Salles Barbosa, vem se modi­cando na capital. “As lojas estão se adequando cada vez mais, principalmente pela força da legislação municipal. A Prefeitura de Vitória, por exemplo, condiciona o alvará de funcionamento à acessibilidade, ou seja, é necessário ter rampas, corrimão e aparelhos que atendam não só os idosos como também os portadores de necessidades especiais.

Esse tipo de nicho já foi descoberto e está sendo muito bem aproveitado pelos lojistas que já visualizam uma oportunidade”, a­rma. Para Aline Sena, é extremamente importante conhecer o perfi­l da população. “Entender o brasileiro, seu perfi­l e necessidades é uma tarefa complexa, dada a pluralidade social, econômica e cultural do país. Mas é um fator essencial para traçar as diretrizes para vencer o atual cenário competitivo”.

A matéria acima é uma republicação de edições anteriores de ES Brasil. Fatos, comentários e opiniões contidos no texto se referem à época em que a matéria foi escrita.

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