25.9 C
Vitória
sábado, 4 maio, 2024

Comissão de Saúde apoiam projeto para maternidade em Montanha

Proposta apresentada por lideranças regionais prevê Montanha como micropolo e referência na realização de partos

Por Robson Maia

Em encontro extraordinário nesta terça-feira (23), deputados que compõem a Comissão de Saúde fizeram coro para a ampliação de serviços médicos em Montanha. O debate acontece após líderes políticos e gestores do município da Região Norte realizarem um apelo ao Legislativo capixaba.

- Continua após a publicidade -

O pedido dos gestores é que Montanha sirva como um micropolo regional para a realização de partos no Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida. De acordo com os dados apresentados durante a sessão, atualmente a unidade filantrópica faz uma média de 21 partos por mês, a maioria pela iniciativa privada – os demais são casos de urgência atendidos pelo SUS.

A referência para esses procedimentos, no momento, é no município de São Mateus, localizado a pouco mais de 114 quilômetros de Montanha. Segundo lideranças políticas locais, a requisição acontece devido a necessidade de deslocamento de grávidas em ambulâncias nas estradas, representando sofrimento e potenciais riscos para as gestantes.  

Três homens sentados atrás de mesa
Lideranças locais participaram de encontro com Comissão de Saúde – Foto por Gustavo Cardoso/Ales

O presidente do Conselho Administrativo do hospital, Francisco de Assis Ferreira, afirmou que é preciso que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) dê aval para reestruturar a regionalização local. Dessa forma, Montanha passaria a ser o município polo para receber mulheres grávidas também de Ponto Belo e Mucurici.

A estimativa, caso se concretize o projeto, é de que a demanda por partos chegue a 80 por mês, próximo dos 100 necessários para viabilizar o custeio, que seria dividido entre as três prefeituras.

“O que nos impede de ser uma referência? O custo. Nós temos hoje 21 partos, quando o ideal é você ter 100”, revelou. “Um município sozinho é impossível”, afirmou Francisco.

O presidente da Câmara de Montanha, Clébio Maciel Raulino (PMN) e o prefeito André Sampaio (PSB) apoiam o projeto. Segundo o gestor, hoje são repassados diretamente R$ 250 mil por mês ao hospital. “O que acontece muitas vezes em um hospital como o nosso é ficar como única fonte a prefeitura”, salientou Sampaio.

O presidente da comissão, Dr. Bruno Resende (União), disse concordar com a filosofia de criação de micropolos. “Não vejo outra forma de se fazer isso (viabilidade financeira) sem ser a regionalização”, corroborou o deputado. Na análise dele, essa estratégia traz como benefícios a redução de absenteísmo dos pacientes e de custos com transporte (ambulâncias).

O deputado Pablo Muribeca (Republicanos) cobrou que o assunto seja levado para conhecimento da Sesa. “Na saúde não há gasto, na saúde há investimento. Não há melhor dinheiro investido do que na saúde do povo”, destacou o parlamentar sobre a priorização de gastos no setor. 

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA