De acordo com a Polícia Federal os instrumentos eram vendidos na Europa e o lucro está estimado em R$ 350 milhões
Por Patrícia Battestin
A Polícia Federal (PF), em conjunto com servidores do IBAMA, deflagraram nesta terça-feira (08) a operação Ibirapitanga II. A ação teve por objetivo reprimir a ação de uma associação criminosa com ramificação internacional que vinha atuando no estado do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas.
Os criminosos eram especializadas na exploração ilegal de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, em especial, o Pau-Brasil. A madeira extraída era comercializada para a indústria internacional de acessórios de instrumentos musicais de corda, como arcos de violino.
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Nesta terça-feira, foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Federal Criminal de Linhares/ES. No Espírito Santo foram cumpridos dois em Domingos Martins, um em Santa Teresa, dois em Linhares, seis em Joao Neiva e 21 em Aracruz.
Fora do Estado foi cumprido um mandado na cidade de São Gonçalo/RJ, três em Camacan/BA e dois em Coruripe/AL.
As investigações se iniciaram após ações de fiscalização realizadas pelo IBAMA por meio da Operação “DÓ RÉ MI” que resultaram em apreensões de mais de 42 mil varetas de Pau-Brasil, além de mais de 150 toretes. No ano passado, quando a primeira fase foi deflagração, foram apreendidas outras 32 mil varetas e 85 toretes.
O arco é o produto final produzido a partir da vareta. No Brasil as varetas são adquiridas por valores que giram entre 20 e 40 reais, mas os arcos podem ser comercializados no exterior por até U$ 2.600,00 (R$ 14.600,00).
Tendo como referência somente as 74 mil unidades de varetas/arcos já apreendidas no curso da investigação até a deflagração da primeira fase e considerando um valor final de mercado médio de US$ 1 mil por cada arco de violino comercializado no exterior, estima-se que os valores finais poderiam alcançar cerca de R$ 370 milhões.