Versos da música “Marcas Do Que Se Foi” nos lembram que, mais uma vez, temos um novo ano para realizar tudo que ficou pendente
Por Robson Melo
Este ano quero paz
No meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão
O tempo passa e com ele
Caminhamos todos juntos
Sem parar
Nossos passos pelo chão
Vão ficar
Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer
Estes são versos da música “Marcas Do Que Se Foi” eternizada por Os Incríveis, banda dos anos 60 e que até hoje vai aonde o povo está.
Muito inspiradores, eles nos lembram que, mais uma vez, temos um novo ano para realizar tudo que ficou pendente. Sua mensagem reforça a importância de continuar caminhando, porque nossos passos precisam ficar para que outros os sigam.
Na Fundaes operamos assim, reafirmando, a cada ano, projetos relevantes, como o Fundo de Investimento Comunitário Capixaba – o FIC. Afinal, trabalhos como este precisam ficar, ou melhor dizendo, FICar, como foi concebido publicitariamente pela Prisma Inteligência de Mercado, empresa parceira da nossa entidade.
Em 2025, caminharemos para a sua terceira chamada. Este fundo já apoiou 16 projetos sociais e tem provocado grandes mudanças locais nas comunidades onde se faz presente. Por exemplo, iniciativas que ainda não tinham sua devida regularização estatutária e contábil, hoje, estão formalizadas, participando de editais públicos e corporativos. Noutros houve o desenvolvimento de negócios locais de empreendedorismo de jovens e mulheres, de capacitação para negócios sociais e novas oportunidades de emprego e renda. Ainda para outros, a receita advinda dos projetos tem apoiado o desenvolvimento escolar de crianças em contraturno ou desenvolvido a arte musical e o esporte.
Esses são passos que precisam ficar para impulsionar outros projetos, contando com o apoio dos doadores para formação do FIC 2025.
Este fundo é formado por doações de pessoas, instituições e empresas, não vinculadas a incentivos fiscais, portanto seus recursos são livres para custeio, regularização de projetos, empreendedorismo social e outras iniciativas de desenvolvimento comunitário. O FIC conta ainda com o aporte do IDIS, Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com a Fundação Mott, na forma de match funding. Neste modelo, para cada valor de R$1 mil angariado aqui no Estado, uma outra quantia proporcional é aportada por essas duas instituições.
Um veterano filantropo nas entidades do Terceiro Setor Capixaba, em Castelo e em Vitória, Samuel Malheiros, expressa duas importantes verdades da cultura de doação que se espera seja mais desenvolvida no Espírito Santo, por meio do FIC. A primeira sobre o porquê de ser um doador: “Pergunta-se por que eu faço isso. Minha sensação é de que a vida me ofereceu oportunidades que não ofereceu a outras pessoas. Então se eu puder ajudá-las, a satisfação retorna para mim”. A segunda verdade é de que a governança destas entidades do Terceiro Setor Capixaba são um aval para o investimento dos doadores: “Eu vejo o belo trabalho que a Fundaes está fazendo na governança destas instituições. Palavra que está na moda, a governança é um item essencial para que esses recursos produzam o resultado esperado”.
O FIC, portanto, se apresenta como alternativa necessária na socio-transformação de comunidades. “Quaisquer doações se somam para formar uma quantia de impacto na vida comunitária. É bonito ver pessoas e empresas se complementando na solidariedade e generosidade”, salienta a Executiva Operacional da Fundaes, Hellen Caroline.
Como diz a música, um ano novo está amanhecendo e o FIC 2025 pode ser um passo significativo na vida de quem doa e de quem recebe. “Caminhamos todos juntos sem parar”.
Pix para doações: [email protected]
Robson Melo é Presidente Executivo da FUNDAES,
a Federação do Terceiro Setor Capixaba