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sexta-feira, 10 maio, 2024

O deputado estadual mais votado da história do Espírito Santo

Escolhido por 138.523 capixabas, Sérgio Meneguelli (Republicanos), quebrou recordes nas eleições 2022

Por Patrícia Battestin

Sérgio Meneguelli nasceu em São Gabriel da Palha, Noroeste do Espírito Santo. Tem 66 anos. Foi vereador em Colatina por quatro mandatos consecutivos. Em 2016 foi eleito prefeito da cidade conhecida carinhosamente como Princesa do Norte.

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Durante a período em que administrou o município, ganhou popularidade pelo comportamento simples e pela manutenção de hábitos cotidianos, como ir trabalhar de bicicleta. Aliás, foi com o meio de transporte de duas rodas que Meneguelli chegou na própria posse.

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Em 2020 preferiu não concorrer à reeleição. De volta à cena política bateu recorde nas urnas, se tornando o deputado estadual mais votado da história do estado. Foram 138.523 votos, sendo o preferido por eleitores do todos os municípios do Espírito Santo. Somente em Colatina, reduto eleitoral do deputado eleito, 25181 capixabas o escolheram como representante. 

Em entrevista exclusiva a ES Brasil, Sérgio Meneguelli falou sobre a conquista, o novo desafio, a mágoa por não ter concorrido ao senado e optou por fazer suspense sobre a escolha de quem governará o estado pelos próximos quatro anos.

O senhor é o deputado estadual mais votado da história do ES. Esperava ser o escolhido por tantos capixabas?

Esperar uma votação tão expressiva, confesso que não esperava. Tenho milhões de seguidores nas redes sociais, mas os números confirmados em todos os municípios do estado do Espírito Santo me surpreenderam. Tive dificuldade de mostrar ao eleitor o número e o cargo ao qual eu concorreria devido ao pouco tempo de campanha. Graças a Deus, por onde passamos conseguimos multiplicar essa divulgação através de voluntários que aderiram a nossa campanha que foi simples e sem o uso de dinheiro público proveniente de fundo partidário.

Ficou alguma mágoa por não ter disputado o senado, como era o plano inicial?

O meu projeto inicial pós Prefeitura de Colatina era a Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Porém, o partido e seus dirigentes me orientaram a almejar um cargo mais alto, ou seja, o Senado. E com as garantias oferecidas através da palavra do presidente estadual e presidente nacional, eu passei a fazer divulgação. E para minha surpresa nos últimos dias de confirmação de registro da candidatura inventaram mil desculpas através de um plano “fajuto”, “mentiroso” e “covarde” para me eliminar da disputa ao cargo majoritário e até mesmo ao governo do estado. O ressentimento é real, pois o que fizeram foi uma traição sem tamanho para favorecer abutres que não se cansam de sequer, serem beneficiados por este tipo de artimanha. Mas Deus tudo sabe, tudo ouve e tudo vê e o castigo vem a galope.

Sérgio Meneguelli
Meneguelli recebeu votos em todos os municípios capixabas. Foto: Tatiane Hoffmann

O que será prioridade no mandato de Sérgio Meneguelli?

Dar atenção e dar voz ao povo. Priorizar a saúde. Pois foi possível conhecer mais o meu estado durante a campanha e principalmente as necessidades do cidadão que merece ter um representante que sinta e viva suas dores atuando com garra, vontade e dedicação. Buscar de todas as formas dar dignidade e uma melhor qualidade de vida a todos os capixabas.

Pretendo repetir experiências vividas na sua trajetória polícia na assembleia?

Com certeza. Foi meu trabalho no legislativo, como vereador por quatro mandatos, que me levou à Prefeitura de Colatina. Foi o trabalho à frente da Prefeitura de Colatina que me tornou conhecido em todo Brasil, nas comunidades internacionais de brasileiros e, consequentemente, me projetou em todo o estado. Pretendo seguir como sempre fiz, não mudarei jamais meu DNA.

Durante seu mandato na prefeitura de Colatina, o senhor ganhou muitos admiradores dentro e fora do ES. Seu perfil nas redes sociais tem mais seguidores do que muitos artistas. É um dos mais seguidos entres os políticos capixabas. Essa admiração gera mais responsabilidade?

Com certeza. As pessoas querem participar do meu dia a dia de vida e trabalho. Fico feliz por me considerarem uma inspiração. Isso aumentou minha responsabilidade e um desses exemplos é o acreditar na política, pois muitas pessoas que nem queriam ouvir falar de política decidiram se filiar a partidos, participar de reuniões e buscar meios de incentivar as políticas públicas para que as comunidades possam prosperar através de ações voluntárias e a união de todos para que os problemas sejam resolvidos. Esse nosso exemplo conquistou o Brasil.

Na prefeitura de Colatina o senhor ia trabalhar de bicicleta, mantinha uma vida simples, com roupas casuais…Isso virou uma marca! Como será agora? Como veremos o Sérgio Meneguelli deputado?

Como afirmei no início desta conversa nada irá mudar meu DNA. Claro que irei respeitar o regimento interno da Assembleia quanto as sessões e durante as mesmas usarei terno e gravata. Mas o meu dia a dia será com minha camiseta que adotei na campanha e diz “Eu amo o Espírito Santo igual como Colatina”. Vou andar de bicicleta também porque ela é dobrável e se for preciso levarei no porta malas de um veículo não oficial, pois abrirei mão deste privilégio.

Em 2023 o senhor viverá essa nova experiência na vida política. Mas tem aspirações, sonhos de ocupar outros cargos?

Eu tenho muita experiência no legislativo e sei que posso produzir muito porque gosto de servir e não usufruir. Vamos escrever uma nova história nos próximos quatro anos e respondendo a sua pergunta, só tenho a dizer que “o futuro a Deus pertence”.

Contrariando as pesquisas divulgadas, teremos segundo turno para governador do Espírito Santo. O senhor tem preferência por um dos candidatos?
O eleitor sabe decidir. O eleitor consciente guarda seu voto em silêncio. A melhor forma de decidir é colocar os nomes numa folha de papel, ou como se fosse uma balança, e ir anotando o que poderá ser bom para o futuro da sua família e dos seus filhos e o que poderá ser ruim. Ninguém mais vota em partido político, vota no representante, então é o candidato que deve ser analisado. Se ele for bom, irá merecer o voto do eleitor. Não sou eu que irei levar os que votaram em mim a votar em quem eu quero. Cabe a cada um fazer sua reflexão e sua melhor escolha. O que não pode acontecer é a omissão, pois aquele que não for às urnas votar, depois não terá o direito de reclamar.

O que o senhor diria para jovens que pensam em ingressar no mundo político?

Eu digo: sejam bem-vindos! Precisamos mudar esse quadro onde famílias dominam a política em diversos municípios e estados, passando os cargos entre avo, pai, filho e muitas vezes a esposa caso o esposo seja impedido. Acho que isso tem que acabar. Político é empregado do povo. Ninguém nasceu no senado, na câmara, assembleia ou prefeituras. Cumpra o mandato e dê oportunidade a outros. Tem gente que deseja e vive de política. Por isso precisamos de nomes novos para reinventar e moralizar a classe politica

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