O novo tracker é um SUV firme sem ser desconfortável, além de responder agradavelmente à direção com assistência elétrica e a ergonomia
O novo Chevrolet Tracker chegou ao Brasil no pior cenário possível: em março de 2019, no início da pandemia de covid-19. Mas a GM apostou em boas estratégias para promover seu SUV compacto e se deu bem. Agora, o carro ganha duas opções inéditas para se manter em evidência. A Midnight sai a R$ 141.960, e a RS, a R$ 159.750.
Os diferencias são limitados ao visual. Na primeira, o motor é o 1.0 turbo de até 116 cv da versão LTZ, por exemplo. Na RS, como a avaliada pelo Jornal do Carro, do Estadão, há o 1.2 turbo de 133 cv igual ao da Premier, de topo. Em ambas, o câmbio é automático de seis marchas.
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Na prática, além do etilo jovial, o carro chama atenção pelo custo-benefício. Afinal, as opções mais equipadas são as preferidas dos brasileiros, segundo informações da GM.
Na frente, a grade em formato de colmeia tem acabamento reto brilhante. Preto também são as gravatas (logo da Chevrolet), emblemas, capas dos retrovisores e as rodas de liga leve de 17 polegadas. Atrás, as lanternas têm lentes escurecidas e os faróis, com luzes do tipo Ful-LEDs, máscara negra.
Na cabine, há costura pespontada com linha vermelha nos bancos, portas, painel e volante. Este tem base reta e detalhes em tom preto brilhante.
Em movimento

As respostas do Tracker RS são iguais às das demais versões de topo da linha. Além disso, há chave presencial, partida do motor por botão e sistema start&stop, que desliga e religa o motor em paradas como as de semáforo.
Em movimento, as respostas da direção com assistência elétrica e a ergonomia agradam. Para isso, contribui a possibilidade de ajustes do banco e do volante multifuncional.
O acabamento não chega a ser ruim, mas também está longe do primor. Se por um lado há plásticos duros em excesso, por outro o SUV tem solar. Assim como ar-condicionado e três portas USB, sendo duas atrás. Porém, nenhuma delas é do tipo USB-C. Assim, quem tem smartphone mais moderno vai precisar de adaptador.
Com 5 estrelas nos testes de colisão do Latin NCAP, o modelo traz seis air bags, além de cintos de três pontos para todos os ocupantes. Para os da frente, há descansa braço com porta-objetos entre os bancos.
Ponto também para o sistema de suspensão, independente do tipo McPherson na frente e com eixo de torção atrás. O carro é firme sem ser desconfortável. Além disso, a engenharia da GM fez um bom trabalho no isolamento acústico.
O SUV é bem equipado. Todos os vidros têm sistema um toque e antiesmagamento. Porém, não há rebatimento elétrico dos retrovisores externos.
Mas há wi-fi nativo, multimídia MyLink, conexão Bluetooth e pareamento de celulares com Android Auto e Apple CarPlay. A tela de 8″ sensível ao toque tem comandos intuitivos e gráficos bem-feitos.

Alertas de ponto cego e de risco de colisão e a frenagem de emergência em velocidade baixa fazem a diferença. Não há sistema de manutenção em faixa, oferecido no Fiat Fastback, por exemplo
A aceleração não chega a tirar o fôlego. Conforme dados da GM, o Tracker RS vai de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos e roda até 13,2 km por litro de gasolina na estrada.
O câmbio contribui com isso. Mas o modo sequencial, ativado por botão na lateral da alavanca, não é nada prático.
Prós e Contras
PRÓS – ELETRÔNICA
SUV vem com itens como Wi-Fi nativo e alerta de risco de colisão, assim como visual ainda bastante moderno.
CONTRAS – DETALHES
Falta quadro de instrumentos digital e troca sequencial de marchas por botão é ruim.
Com informações de Agência Estado