Conforme os executivos da Ford, a fábrica teve importante ganho em produtividade. Toda a linha da Ford vendida no Brasil é importada
A Ford começa a preparar a vinda nova Ranger ao Brasil, programada para o segundo semestre. Os executivos dizem que a picape será a “mais tecnológica, versátil e com maior capacidade do segmento”. E a produção será na fábrica “mais avançada do continente”.
Discursos à parte, 75% das picapes feitas na planta de General Pacheco, na Argentina, serão destinadas ao Brasil. O restante abastecerá os demais mercados da América do Sul.
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Cerca de US$ 660 milhões (R$ 3,4 bilhões) foram investidos na planta. Isso inclui atualizações para a produção de uma nova geração de motores.
Com isso, a Ford informa que agora a planta é 4.0. Isso significa, entre outras coisas, alto nível de digitalização. Assim, operários e gestores podem até acompanhar processos produtivos por meio de seus smartphones.
No mesmo sentido, 100% da energia é renovável. As metas da empresa incluem ampliar a produtividade em até quatro vezes e zerar os acidentes.
Atualmente, trata-se da única fábrica onde a Ford produz veículos na América do Sul. No fim de 2018, a empresa iniciou o processo de fechamento das plantas no Brasil. A de São Bernardo do Campo (SP) foi vendida. Já as unidades de Camaçari (BA) e Horizonte (CE) estão sendo negociadas.
Dessa forma, toda a linha da marca vendida no Brasil é importada. Isso inclui a linha Ranger, que é feita na Argentina.
Conforme os executivos da Ford, a fábrica teve importante ganho em produtividade. Com a nova prensa, que foi feita na Alemanha e estampa peças da carroceria, a capacidade de produção passará de 50 mil veículos (em 2022) para até 110 mil nos próximos anos.
Para comparação, no ano passado foram vendidas 120,5 mil picapes médias no Brasil. Ou seja, Pacheco sozinha vai poder produzir mais de 90% desse total. Porém, obviamente os investimentos visam a fabricação de outros modelos.
Afinal, com a reformulação global a Ford passou a focar a produção SUVs e picapes. Isso inclui eletrificados, como a picape Maverick híbrida e o SUV elétrico Mustang Mach-E. As duas fazem parte dos dez lançamentos que a empresa promete fazer no Brasil em 2023.

Os porta-vozes da Ford silenciam a respeito, mas entre as possibilidades estão o Bronco e sua variante picape, Maverick. Afinal, assim como a Ranger, a linha tem construção do tipo carroceria sobre chassis.
Eles também não responderam sobre possibilidade de fabricação do Everest. Trata-se da versão SUV de até sete lugares da nova Ranger.
Por ora, o que há são segredos. Nem o início de produção em larga escala foi revelado.
Na prática, os executivos da empresa se limitaram a tentar vender seu peixe. “A nova Ranger vem para redefinir o segmento”, afirma o vice-presidente da Ford na América do Sul, Rogelio Golfarb.
MAVERICK Híbrida
Enquanto isso, a marca avança no plano de lançar dez carros no Brasil em 2023. Para isso, começou a trazer a Maverick híbrida.
A picape intermediária tem motor 2.5 a gasolina que gera 162 cv de potência e um elétrico, de 126 cv. No total, são 191 cv. O torque é de 21,4 mkgf.
Porém, as primeiras unidades não serão vendidas. Servirão para campanhas de marketing e treinamento do time das redes de concessionárias.
Com informações de Agência Estado