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quarta-feira, 1 maio, 2024

Mineração e siderurgia enfrentam quedas e concorrência

Por Gustavo Costa

Os segmentos de mineração e siderurgia são fundamentais para o Espírito Santo. A partir deles a economia local cresce, com a geração de divisas e tributos e a dinamização de toda a sua cadeia de valor, que permite mais emprego e renda e mais atividade empresarial. Especialmente de fornecedores.

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Nesse setor tão importante, a Vale, hoje a maior empresa no mercado de minério de ferro e pelotas do Brasil, também é a líder no estado. No entanto, o ano apresentou alguns números, no mínimo, conservadores. A empresa registrou lucro acumulado de R$ 27,9 bilhões nos três primeiros trimestres, uma queda de 63% com relação ao mesmo período de 2022. O resultado financeiro da companhia ficou negativo em R$ 2,7 bilhões. Já a produção de minério de ferro superou 231 milhões de toneladas (e com projeção de 315 milhões de toneladas se somado também o 4T) no acumulado dos três primeiros trimestres.

A mineradora inaugurou em dezembro a sua primeira usina de briquetes de minério de ferro no mundo, e fica no Complexo de Tubarão, em Vitória. A planta industrial deverá reduzir em até 10% a emissão de gás carbônico na fabricação de aço dos clientes siderúrgicos, em relação às tradicionais pelotas. Além da primeira usina, a Vale contará com uma segunda unidade, que entrará em operação em 2024. As duas terão juntas a capacidade de produzir 6 milhões de toneladas de briquete por ano.

Já a Samarco atingiu em agosto um recorde de produção mensal de 824.829 toneladas de pelotas de alta qualidade em uma única linha de pelotização na sua planta de Ubu, Anchieta. A marca histórica demonstra a capacidade da Samarco de produzir até nove milhões de toneladas por ano em uma única máquina. Atualmente, apenas a Usina 4 está em operação, e a empresa estuda reformar as outras três plantas. A ideia é aumentar a produção de pelotas utilizando tecnologias sustentáveis, como parte de seu compromisso com a descarbonização. A previsão é de que a terceira usina volte a funcionar a partir de 2025, e as outras duas em 2028.

Ano para reflexão na siderurgia

O setor de siderurgia passou por um ano de dificuldades causadas pela concorrência da China, que além de não comprar oferece valores bem baixos no mercado internacional. E em 2023 a ArcelorMittal resolveu reduzir sua produção de 1,3 milhão de toneladas de aço na unidade de Tubarão, justamente a sua maior planta. Anualmente, a companhia fabrica 7,5 milhões de toneladas de chapas de aço e laminados. No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, o lucro líquido foi de US$ 3,88 bilhões, contra mais de US$ 9 bilhões em 2022. As quedas foram se acumulando em cada um dos trimestres, em comparação aos mesmos períodos do ano passado.

Mas desafios não intimidam a siderúrgica, que em 2023 completou 40 anos. A empresa, que já passou por tantas mudanças de governos, moedas e demandas do mercado, segue investindo, lançando tecnologias e pautando o setor.

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