Do Val se reuniu com a presidente do Podemos e precisou de atendimento médico após “taquicardia”
Por Redação
O senador capixaba Marcos do Val (Podemos-ES), alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na última quinta-feira (15), precisou de receber atendimento médico no Senado, após se reunir com a presidente do Podemos, Renata Abreu (SP), na tarde desta terça-feira (20). A informação é de que o parlamentar teria tido uma taquicardia.
O senador busca respaldo jurídico da sigla após os momentos de tensão vividos perante a justiça brasileira. O capixaba tem sido investigado pelo suposto financiamento de acampamentos golpistas e pela declaração de uma suposta articulação do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), para um golpe de Estado.
Fontes no senado alegam que o Podemos pretende conceder apoio a Do Val, no entanto, o partido não pretende se envolver incisivamente na situação, já que colegas de de sigla entendem que o parlamentar está isolado no cenário atual.
Após o encontro, Do Val passou mal e teve que buscar o serviço médico do Senado, onde chegou a ser visitado pelo presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na saída do posto de atendimento, o senador respondeu à imprensa que teve “pressão alta”.
Em nota, a assessoria do capixaba afirmou que ele “passou mal na tarde de hoje (20), em seu gabinete, e foi atendido imediatamente pelo serviço médico do Senado Federal. Ainda não se tem a causa definida, e o parlamentar será submetido a uma bateria de exames nos próximos dias”.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (15), a PF realizou buscas em diversos endereços relacionados ao senador capixaba Marcos do Val (Podemos-ES), incluindo o seu gabinete no Congresso Nacional, em Brasília. Os mandados foram cumpridos na capital federal e no Espírito Santo.
A autorização judicial para a ação foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes também determinou que o senador preste depoimento, ainda sem data definida.
O parlamentar é investigado por obstruir investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. A operação foi fundamentada em indícios encontrados em postagens do senador nas redes sociais. Do Val compõe a CPMI que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes em protesto à eleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de uma investigação com base no relato do senador Marcos do Val. Segundo o parlamentar, haveria uma suposta articulação de um golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
Na época, o senador alegou ter participado de uma reunião com Bolsonaro e Silveira, na qual planejavam gravar secretamente o ministro Alexandre de Moraes. O objetivo seria obter alguma declaração que pudesse ser interpretada como admissão de irregularidades no processo eleitoral, a fim de evitar a posse de Lula.
As redes sociais do senador Marcos do Val também foram bloqueadas por determinação de Moraes. O perfil no Twitter, por onde o senador costuma se comunicar com seus eleitores, já aparece como indisponível. No Instagram e Facebook, as páginas do senador encontram-se indisponíveis.