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quarta-feira, 24 abril, 2024

Marcos do Val diz na CPI da Covid que toma cloroquina nos finais de semana

A declaração foi dada durante depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich na tarde desta quarta-feira (5)

Durante a sessão da CPI da Covid, que aconteceu no Senado, o senador Marcos do Val (Podemos) afirmou que toma cloroquina nos finais de semana como forma de tratamento precoce contra o novo coronavírus.

A declaração foi dada durante depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich na tarde desta quarta-feira (5). Embora não exista nenhuma comprovação científica sobre os resultados do medicamento, o parlamentar capixaba questionou o depoente dizendo que há um grupo de médicos que utilizam a substância em pacientes.

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“No final de semana eu tomo uma hidroxicloroquina e ivermectina. Foi um médico que me receitou. Fui à farmácia e adquiri a medicação”, disse durante a sessão que participava de forma remota.

Para Do Val, alguns médicos querem ter a liberdade de receitar o tratamento e outra parte condena plenamente e diz que não há eficácia.

“Se a gente está em uma guerra, que se desconhece o inimigo, como dizer se essa munição funciona ou não funciona. Temos que usar todas”, disse.

Em seguida à sua fala, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), advertiu Do Val sobre seu discurso que foi transmitido ao vivo pela Internet.

“Queria pedir cautela ao senador Marcos Do Val que disse nacionalmente que toma essa medicação. Recomendo que quem está ouvindo e for se medicar que procure um profissional médico. Quando a gente fala isso, muitas vezes a pessoa pode usar sem saber”.

Leia mais sobre o depoimento

Segundo ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro a comparecer à CPI da Pandemia, Nelson Teich depôs durante seis horas aos senadores nesta quarta-feira (5).

Na condição de testemunha, o médico oncologista deu detalhes sobre sua saída do Ministério após apenas 29 dias no cargo; sobre seu posicionamento em relação à cloroquina e sobre seu relacionamento com o general Eduardo Pazuello, que lhe sucedeu no comando da pasta.

Nelson Teich repetiu várias vezes que deixou o governo quando percebeu que não teria autonomia para fazer o que ele achava ser necessário para que o Brasil atravessasse uma crise tão difícil, situação que se refletiu na discordância em relação à cloroquina.

“Essa falta de autonomia ficou mais evidente em relação às divergências quanto à eficácia e extensão do uso da cloroquina.  Enquanto a minha convicção pessoal, baseada em estudos, era de que naquele momento não existia evidência para liberar, existia um entendimento diferente por parte do presidente, que era amparado na opinião de outros profissionais, até do Conselho Federal de Medicina. Isso aí foi o que motivou a minha saída. Sem a liberdade para conduzir o ministério conforme as minhas convicções, optei por deixar o cargo”, explicou.

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