Ministro Alexandre de Moraes determinou que Do Val prestasse depoimento; Parlamentar alega ordens médicas
Por Redação
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou, nesta terça-feira (27), um atestado médico para não ser interrogado após ser intimado pela Polícia Federal (PF). O documento encaminhado para o órgão foi o mesmo apresentado para pedir o afastamento do cargo de senador, por orientação médica, em 20 de junho.
No dia 15 de junho, o senador capixaba foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. A ação apura uma tentativa de obstrução das investigações, divulgação de documentos sigilosos, associação criminosa e tentativa de golpe de Estado envolvendo os atos golpistas de 8 de janeiro.
A operação foi autorizada pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que Marcos do Val prestasse depoimento. O senador capixaba teve os aparelhos de telefone recolhidos, além das contas nas redes sociais bloqueadas.
No dia da operação, o senador disse que não iria depor à PF. Como parlamentar, ele poderia escolher a data, o que não ocorreu. Na semana seguinte, Do Val chegou a ser atendido no Posto Médico do Senado após um quadro de taquicardia. Na ocasião, o capixaba realizou um encontro com a presidente do partido, Renata Abreu.
Posteriormente, o parlamentar informou também a sua saída da CPMI que apura os 8 de janeiro, alegando recomendações médicas.O atestado apresentado por Do Val é válido até outubro.
Confira a nota apresentada pela assessoria do senador Marcos Do Val na íntegra:
Informamos que ao contrário do que está sendo veiculado pela imprensa, o senador Marcos do Val não apresentou um atestado para adiar o seu depoimento à Polícia Federal.
A licença para cuidar da sua saúde foi expedida pela junta médica do Senado Federal após o parlamentar passar mal.
Esclarecemos que se trata de licença para afastamento das suas atividades junto ao Senado Federal e nada tem a ver com seu depoimento na Polícia Federal que, aliás, já estava marcado para o dia 6 de julho próximo e assim por enquanto se mantém.
A notícia veiculada hoje é mais uma fake news para descredibilizar a imagem do senador e já foi desmentida pela Advocacia do Senado. Lamentavelmente, com seus canais de comunicação silenciados, o senador não tem como esclarecer os fatos diretamente aos seus eleitores.