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domingo, 28 abril, 2024

Mais de 130 pessoas morreram afogadas no Espírito Santo em 2022

O número é 19% maior do que o mesmo período do ano passado e Corpo de Bombeiros faz alerta

Por Patrícia Battestin

O Verão ainda nem começou e o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) já faz um alerta para a segurança de banhistas no Estado. Entre 01 de janeiro e 14 de novembro deste ano, a corporação registrou 134 mortes por afogamento, o que representa um aumento de 19% nas ocorrências, se comparado com o mesmo período de 2021. No mesmo intervalo do ano passado, 113 pessoas morreram afogadas no Espírito Santo.

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Neste ano, a maior ocorrência de óbitos por afogamento se deu em lagos, lagoas e represas, que acumulam 39 mortes. Na sequência, vêm os óbitos no mar, que totalizam 34 ocorrências. Em rios, córregos e riachos, 32 pessoas perderam a vida neste ano. Mas esse número pode ser ainda maior.

“É necessário levar em conta que nem toda ocorrência é atendida pelo Corpo de Bombeiros. Há casos em que a própria família retira a pessoa da água, em óbito. Esses casos não entram nas estatísticas do Corpo de Bombeiros, o que nos leva a entender que o número de ocorrências é ainda maior”, relatou a capitão Gabriela.

Os casos em que as pessoas são resgatadas com vida também merecem atenção. Entre janeiro e outubro deste ano, 1.352 pessoas foram resgatadas por guarda-vidas. O município de Vila Velha acumula o maior número de registros, com 576 ocorrências.

Especialista em salvamento aquático, a capitão Gabriela esclarece que, em média, 16 brasileiros morrem afogados por dia, sendo que, desses, quatro são crianças. Entre crianças com até 4 anos, o afogamento é a principal causa de morte.

Com a chegada dos dias mais quentes e o aumento no movimento de banhistas em praias, rios, lagoas e piscinas, o Corpo de Bombeiros orienta que os banhistas tenham atenção redobrada.

Corpo de Bombeiros
Mais de 130 óbitos por afogamento no ES em 2022. Foto: Divulgação / CBMES

Veja as dicas

  • Atenção 100% ao seu filho, mantendo-o em uma distância de segurança de um braço (não adianta estar próximo sem estar atento, como, por exemplo, no caso do uso do celular);
  • Frequente praias, clubes e parques aquáticos supervisionados por guarda-vidas;
  • Em casa, mantenha os baldes virados ou recipientes que acumulem água fora do alcance das crianças (fechar porta de banheiros e lavanderias);
  • Restrinja o acesso à piscina com grades ou cercas que de fato impeçam o acesso da criança a estes locais;
  • Use ralos antissucção e meios de interrupção da bomba;
  • Aprenda como agir em caso de urgência;
  • Natação infantil o quanto antes. Natação é prevenção para toda uma vida. Nunca é tarde para aprender;
  • Não deixe brinquedos ou objetos na piscina que possam atrair a criança;
  • Não confie em boias infláveis, pois elas podem ser perfuradas e perder a flutuabilidade; podem escorregar com protetor solar, ou virar facilmente em caso de boia circular. Prefira coletes de espuma;
  • Não entre em contato físico com alguém que esteja se afogando, você pode se tornar uma nova vítima. Peça ajuda e ofereça flutuação.

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