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sexta-feira, 3 maio, 2024

Lula participa de abertura oficial da Marcha das Margaridas

Evento tem o objetivo de promover uma série de reivindicações de trabalhadoras rurais

A programação da 7ª Marcha das Margaridas, realizada nesta terça (15) e quarta-feira (16) em Brasília, contará com diversas atividades que estarão concentradas no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. As trabalhadoras rurais estão acampadas desde o fim de semana no local.

Em torno do lema da edição de 2023 – Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver – estão previstas diversas atividades nos dois dias do evento voltadas à justiça, defesa da democracia participativa, garantia de direitos, respeito à diversidade e a cobrança de políticas públicas que gerem qualidade de vida e bem-estar às mulheres de todo o país.

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Estão previstas oficinas temáticas e lúdicas, plenárias, seminários, quatro grandes painéis e rodas de conversas, partilha de saberes, tenda da cura, atividades autogestionadas, apresentações culturais, mostra da produtividade das margaridas, e até um tribunal ético das mulheres do campo, da floresta e das águas em defesa da autodeterminação dos povos e da soberania alimentar, hídrica e energética.

Nesta terça-feira, no plenário do Senado, haverá sessão solene em homenagem à Marcha das Margaridas, com a presença de mulheres do campo, da floresta e das águas de todos os estados brasileiros e de outros países, com transmissão ao vivo nas redes sociais da Marcha das Margaridas e da TV Senado.

A abertura oficial da Marcha das Margaridas acontece no Pavilhão do Parque da Cidade, às 17h (horário de Brasília), com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, de diversos ministros e representantes de organizações parceiras. De acordo com a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que coordena o evento, o ato será um momento cultural e de reafirmação da pauta das margaridas. A cerimônia de abertura também será transmitida ao vivo nas redes sociais da Contag e do Canal Gov.

Paralelamente aos eventos com autoridades, na área externa do pavilhão foi montada estrutura com tendas para receber a Mostra Nacional da Produção das Margaridas. São diversos produtos que identificam a cultura, o modo de vida e produção, o território e demais características das chamadas guardiãs dos saberes. No local, ocorrerão também troca de sementes e rodas de conversa.

No local do credenciamento das participantes da marcha, está instalado um ponto de coleta da campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis e de roupas em bom estado e limpas, principalmente de agasalhos, para doação a entidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade econômico-social no Distrito Federal. Na área interna do Pavilhão, na Casa de Margarida Alves, haverá o lançamento de livros, espetáculos, exibição de filmes e documentários. Esse espaço funcionará apenas hoje, das 9h às 17h.

Marcha lilás

O momento mais esperado pelas margaridas, a cada quatro anos, é a tradicional marcha das mulheres em direção à Esplanada dos Ministérios, em um trajeto de aproximadamente seis quilômetros entre o Pavilhão do Parque da Cidade e o centro do Poder Executivo Federal.

Na quarta-feira (16), a partir das 7h, as mulheres se organizam com suas delegações estaduais e começam a ocupar as ruas da capital. Vestidas de lilás, portando bandeiras, chapéus de palha, faixas e cartazes, elas serão acompanhadas no percurso por carros de som e agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Historicamente, as participantes entoam o Canto das Margaridas* e gritam palavras de ordem de luta por direitos. A população poderá participar. A organização da marcha convida os interessados a conhecerem mais sobre “as margaridas” e suas lutas sociais.

O ato de encerramento, em frente ao Congresso Nacional, na altura do Ministério de Minas e Energia, contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros, às 10h30, e e estimativa é de 100 mil participantes. São agricultoras familiares, indígenas, camponesas, assentadas, acampadas sem-terra, ribeirinhas, quilombolas, extrativistas, pescadoras, quebradeiras de coco, raizeiras, benzedeiras, marisqueiras, caiçaras, assalariadas e outras mulheres que representam a pluralidade brasileira.

A coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres da Contag, Mazé Morais, disse que espera novos anúncios de políticas públicas por parte do governo federal. A liderança fez um balanço sobre as conquistas das margaridas em 23 anos de existência do evento. “A primeira marcha em que a gente entregou uma pauta foi em 2003. De lá para cá, conseguimos vários avanços, como a titulação conjunta de terra, porque nós mulheres trabalhadoras rurais não tínhamos o direito de ter nossos nomes no documento de propriedade; a documentação da trabalhadora rural, pois, no século XXI, ainda há trabalhadora que infelizmente não tem a documentação; a campanha de combate à violência contra as mulheres; o crédito [rural] e a assistência técnica para as mulheres. Foram muitos avanços. Houve uma interrupção e perdemos muitas dessas conquistas ao longo desse caminhar”.

O retorno das delegações estaduais das margaridas está previsto para as 12h30, após o almoço.

Confira a programação da Marcha das Margaridas 2023. Com informações de Agência Brasil

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