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quarta-feira, 24 abril, 2024

Julgamento da morte de Milena Gottardi começa hoje (23)

Começou nesta segunda-feira (23), no Fórum Criminal de Vitória, o julgamento dos seis acusados de envolvimento no assassinato da médica pediatra Milena Gottardi

Por Munik Vieira

O julgamento teve início por volta das 9 horas. Milena Gottardi foi assassinada em setembro de 2017.

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Os promotores de Justiça de Vitória que atuarão no caso, Bruno Simões, Leonardo Augusto de Andrade e Rodrigo Monteiro deixaram claro, em entrevista coletiva realizada na última sexta-feira (20), que o objetivo é buscar a condenação de todos os envolvidos nesse crime cruel que abalou a sociedade capixaba, praticado a mando de Hilário Frasson, com auxílio do pai, e com a participação direta de outros quatro comparsas.

“Temos provas robustas e inequívocas da participação de todos os seis réus. Trata-se de um feminicídio, cometido de maneira torpe e sem possibilidades de defesa da vítima. É terrível imaginar que um ser humano que fala em Deus possa cometer tamanha maldade”, disse Rodrigo Monteiro.

A médica oncologista Milena Gottardi foi baleada na cabeça quando saía do Hospital das Clínicas, no bairro Maruípe, em Vitória, no dia 14 de setembro de 2017. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral. Ela morreu aos 38 anos e deixou duas filhas.

Inicialmente, a polícia suspeitou de uma tentativa de assalto. No entanto, as investigações apontaram para um crime encomendado. Os mandantes foram o então marido da médica, Hilário Frasson, e o pai dele, Esperidião Frasson. O assassinato teve dois intermediários: Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho. Eles, por sua vez, teriam ajudado os mandantes na contratação dos executores: Dionatas Alves Vieira, o atirador, e Bruno Rodrigues Broetto, primo de Dionatas, que teria roubado a moto para a execução do crime.

Denúncia

A denúncia contra os seis comparsas acusados do homicídio de Milena Gottardi foi ajuizada em 27 de outubro de 2017. Hilário Antônio Fiorot Frasson, Esperidião Carlos Frasson, Valcir da Silva Dias, Hermenegildo Palauro Filho e Dionathas Alves Vieira foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio e fraude processual, além de Bruno Rodrigues Broetto pelo crime de feminicídio.

Segundo a denúncia, Hilário era casado com a vítima há 13 anos e passou a apresentar um comportamento agressivo e obsessivo para com a vítima, o que levou ao fim da relação conjugal. O fato não foi aceito por ele e pelo sogro da vítima, Esperidião, que tomou a separação como uma ofensa à família. Assim, ambos decidiram matar a médica e, com o auxílio de Valcir e Hermenegildo, contrataram Dionathas, pelo valor de R$ 2 mil para cometer o crime. O réu Bruno repassou a Dionathas a motocicleta usada para a execução do crime.

No dia e hora do crime, Valcir e Hermenegildo foram ao hospital e entregaram a Dionathas a arma utilizada para efetuar os disparos. Por volta das 18 horas, Hilário telefonou para a vítima para se certificar de que ela estava no local e o horário que sairia de lá. Em seguida, telefonou para Esperidião, que repassou as informações para Valcir, de modo a concretizar a prática do homicídio.

Quando a vítima deixou o hospital e se aproximou do veículo com outra médica, no estacionamento, Dionathas anunciou um assalto, determinando que ambas entregassem os pertences. Sem que esboçassem reação, Dionathas efetuou disparos em regiões letais exclusivamente contra a vítima Milena, executando o crime para o qual foi contratado, fugindo do local em seguida.

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