Deputada capixaba Jack Rocha é relatora do processo contra Chiquinho Brazão, acusado de ser mandante de assassinato de ex-vereadora Marielle Franco
Por Robson Maia
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vai se reunir na próxima terça-feira (25), para ouvir as testemunhas indicadas pela deputada federal capixaba Jack Rocha (PT-ES), relatora do processo, contra o deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ). O parlamentar carioca é investigado de ser o mandante do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.
A deputada capixaba tem sido a responsável por conduzir o caso na Câmara. Brazão está preso desde o dia 24 de março e segue alegando inocência de todas as acusações. Segundo ele, os debates que manteve com a vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não podem ser utilizados como motivo para ligá-lo ao assassinato de Marielle.
Na última terça-feira (18), a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia contra o Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, irmão de Chiquinho. Além dos dois, o ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa, também mencionado na denúncia.
Os irmãos Brazão são agora réus por homicídio qualificado e organização criminosa. Já Rivaldo é réu por homicídio qualificado. Além de Marielle, os três também serão julgados pela morte do motorista Anderson Gomes, que acompanhava a vereadora no dia do crime, e por tentativa de homicídio, uma vez que a assessora Fernanda Gonçalves Chaves também estava presente e ficou ferida.
No documento entregue por Jack Rocha ao Conselho de Ética antes do encontro na próxima terça-feira, a parlamentar capixaba menciona 14 testemunhas, sendo seis pessoas indicadas pela relatora e oito pela defesa de Chiquinho Brazão.
São indicações de Jack Rocha:
- Guilhermo de Paula Machado Catramby (delegado da PF), responsável pelo inquérito que apontou Brazão como mandante da execução;
- Jaime Cândido da Silva Junior (delegado da PF), responsável pelo inquérito que apontou Brazão como mandante da execução
- Leandro Almada da Costa (delegado da PF), responsável pelo inquérito que apontou Brazão como mandante da execução
- Tarcísio Motta (PSOL-RJ), deputado federal
- Raquel Dodge, (ex-procuradora-geral da República)
- Paulo Gonet (procurador-geral da República, Paulo Gonet)
São indicações da defesa de Chiquinho Brazão:
- Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro,
- Jorge Felippe (PP), vereador do Rio de Janeiro;
- Willian Coelho (DC), vereador do Rio de Janeiro;
- Major Ronald, preso apontado como um dos responsáveis por monitorar a rotina de Marielle;
- Élcio de Queiroz, ex-PM acusado de ser um dos executores de Marielle;
- Reimont (PT-RJ), deputado federal;
- Marcos Rodrigues Martins, assessor da Câmara de Vereadores do Rio
- Thiago Kwiatkowski Ribeiro, vice-presidente do Tribunal de Contas da cidade do Rio de Janeiro;