Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 4,47% no ano
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou queda de 0,54% em novembro, o quarto mês seguido de deflação, informou nesta quarta-feira, 4, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de outubro foi revista de um recuo de 0,85% para redução de 0,86%.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.
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Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 4,47% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 4,39%.
Considerando apenas a indústria extrativa, houve queda de 1,65% em novembro, após a redução de 3,44% registrada em outubro.
Já a indústria de transformação registrou recuo de 0,48% em novembro, ante uma queda de 0,73% no IPP de outubro.
Os bens de capital ficaram 0,47% mais caros na porta de fábrica em novembro. O resultado ocorre após os preços terem subido 0,79% em outubro.
Os bens intermediários registraram recuo de 0,86% nos preços em novembro, ante uma queda de 1,69% em outubro.
Já os preços dos bens de consumo caíram 0,20% em novembro, depois de uma elevação de 0,19% em outubro. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram alta de 0,41%, ante aumento de 0,29%, na mesma comparação. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis recuaram 0,32% em novembro, após a alta de 0,18% registrada em outubro.
A deflação de 0,54% do IPP em novembro teve contribuição de 0,03 ponto porcentual de bens de capital; -0,50 ponto porcentual de bens intermediários; e -0,07 ponto porcentual de bens de consumo, sendo 0,02 ponto porcentual de bens de consumo duráveis e -0,09 ponto porcentual de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Atividades
A queda de 0,54% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em novembro foi decorrente de recuos em 15 das 24 atividades pesquisadas. Na direção oposta, nove atividades tiveram aumentos de preços.
No mês de novembro, as maiores quedas de preços ocorreram em outros produtos químicos (-4,41%), indústrias extrativas (-1,65%) e farmacêutica (-1,48%).
Por ordem de contribuição para o resultado final, a maior influência negativa foi de outros químicos, -0,41 ponto porcentual, seguido por alimentos (queda de 0,70% e impacto de -0,17 ponto porcentual) e extrativas (-0,08 ponto porcentual).
“No caso de alimentos, a entrada da safra de alguns produtos e uma menor demanda em outros casos explicam grande parte das quedas”, justificou o gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão, em nota oficial. “Se olharmos o que ocorreu em novembro, veremos que as principais influências na queda de preços vieram da redução nos preços da carne bovina e de frango e no do leite. São todos casos em que a oferta está maior”, completou.
Quanto ao recuo nos preços de outros químicos, a maior contribuição foi da redução dos preços dos adubos.
“O Brasil importa grande parte do que consome, logo os preços dos produtos produzidos aqui acompanham os preços internacionais, e esses, depois de terem sido elevados no começo do conflito europeu, começaram a cair, com certa normalização dos fluxos de comércio”, explicou Brandão.
Na direção oposta, a atividade de refino de petróleo e biocombustíveis exerceu a maior pressão na inflação da indústria em novembro, com alta de preços de 1,01% e impacto de 0,12 ponto porcentual. O avanço acompanha o aumento do preço de óleos brutos de petróleo, “cujos valores no mercado interno acompanharam a tendência do mercado internacional”.
Com informações de Agência Estado