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sábado, 7 DE dezembro DE 2024

IPCA: inflação tem queda de 0,08% em junho, a primeira negativa do ano

O índice foi puxado para baixo, principalmente, por conta dos preços de alguns alimentos e dos combustíveis.

Por Cristiano Stefenoni

O IBGE divulgou na manhã desta terça-feira (11) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho. Os números apontam que a inflação oficial caiu 0,08%, ficando 0,31 ponto percentual abaixo da taxa de 0,23% registrada em maio.

De acordo com o órgão, essa é a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.

“Alimentação e bebidas e Transportes são os grupos mais pesados dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. Assim, a queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, explica André Almeida, analista da pesquisa.

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Os dados do IPCA revelam ainda quais os produtos foram os responsáveis por essa queda na inflação: alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%), artigos de residência (-0,42%) e comunicação (-0,14%). Por outro lado, apresentaram alta habitação (0,69%), educação (0,06%) e despesas pessoais (0,36%).

Sobre os produtos que tiveram maior queda estão: óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%). E os que tiveram alta foram alimentação fora do domicílio (0,46%) lanche (0,68%) e refeição (0,35%).

“Nos últimos meses, os preços dos grãos, como a soja, caíram. Isso impactou diretamente o preço do óleo de soja e indiretamente os preços das carnes e do leite, por exemplo. Essas commodities são insumos para a ração animal, e um preço mais baixo contribui para reduzir os custos de produção. No caso do leite, há também uma maior oferta no mercado”, explica Almeida.

Destaca-se, ainda, o resultado de combustíveis (-1,85%), com as quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%, após queda de 17,73% em maio.

“Todos os combustíveis pesquisados apresentaram queda. Além disso, a gasolina, é o subitem de maior peso individual no IPCA, com 4,84%. A queda na gasolina, esse mês, teve um impacto de -0,06 p.p.”, destaca o analista.

A energia elétrica residencial também impactou diretamente a alta (1,43%), seguida pela taxa de água e esgoto (1,69%). Por outro lado, houve queda nos preços de gás encanado (-0,04%), devido a reduções tarifárias, e do gás de botijão (-3,82%).

Destaca-se, ainda, o resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,11%), influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,38%), decorrente de reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

INPC tem queda de 0,10% em junho
Também hoje foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve queda de 0,10% em junho. Em maio, o índice havia registrado aumento de 0,36%. No ano, o INPC acumula alta de 2,69% e, nos últimos 12 meses, de 3,00%, abaixo dos 3,74% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,62%.

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