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sexta-feira, 6 DE dezembro DE 2024

Indústria mobiliária do ES quer conciliar extração e preservação

Rastreabilidade permite que o próprio consumidor saiba de onde veio a madeira consumida

Por Anderson Neto

O Dia da Árvore, comemorado no dia 21 de setembro, teve essa data escolhida por anteceder o início da estação da Primavera no hemisfério sul. O objetivo é promover a importância da preservação das árvores e das florestas. Aqui no Espírito Santo, a indústria do segmento mobiliário tem trabalhado para crescer conciliando extração com preservação.

De acordo com a idealizadora da Feira Espírito Madeira, gestora de projetos do Sindimadeira e conselheira da Câmara Setorial Moveleira da Findes, Paula Maciel, “o setor moveleiro do Estado tem fomentado ações do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio do Espírito Santo [Cedagro], onde as pesquisas são feitas para que a gente possa trabalhar o Plano de Desenvolvimento Florestal do Estado”.

“Apoiamos a Plantio Brasil, que é uma startup que tem a meta de plantar 10 milhões de árvores até 2035. Nós estamos sempre apoiando ações como a divulgação do trabalho do IDAF, porque o nível de rastreabilidade das madeiras nativas, com os programas implementados pelo Ibama em nível nacional, tem sido invejável até por outros países”, conta Paula.

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Ela relata que a extração ilegal vem sendo cada vez mais difícil, uma vez que essa rastreabilidade permite que o próprio consumidor saiba de onde veio a madeira que ele está consumindo.

“Se hoje ele compra uma porta numa loja de material de construção, ele vai saber em qual indústria essa porta foi produzida, de qual floresta ela foi extraída. Ela vem com uma placa de rastreabilidade integrando todos os sistemas, até o consumidor final”, explica a conselheira da Findes.

Paula também ressalta a parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) quando o assunto é plantio. “Nosso núcleo de estudo da madeira, em Jerônimo Monteiro, está sempre trazendo conhecimento para os nossos empresários. Tudo para que as madeiras que estão sendo produzidas aqui no Estado possam ser utilizadas para a indústria de forma sustentável e regular”, esclarece.

“O nosso grande objetivo é que, com o Plano de Desenvolvimento Florestal que a Seag [Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca] vem trabalhando, a gente consiga diminuir o déficit de madeiras para a indústria e fomentar o plantio de madeiras, de árvores plantadas com foco para uso industrial”, lembra.

Ela finaliza, afirmando que “o nosso objetivo é conseguir que as áreas degradadas sejam um foco de plantio de árvores para uso na indústria capixaba e assim a gente consiga ter sustentabilidade e crescimento”.

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