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domingo, 5 maio, 2024

Indústria gráfica deve registrar resultados negativos em 2013

Indústria gráfica deve registrar resultados negativos em 2013

Se mantido o cenário de 2012, a expectativa é que o setor tenha resultados negativos este ano

As perspectivas para a indústria gráfica brasileira em 2013 são pouco animadoras. Dados do terceiro trimestre do ano passado, reunidos pelo Departamento Econômico da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Decon-Abigraf), baseado em pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentam um cenário desanimador em todos os segmentos que compõem a indústria de impressão nacional e indicam como deve ser o comportamento do setor nos próximos meses.

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Segundo o último Boletim de Atividade Industrial, realizado pelo Decon-Abigraf, em setembro de 2012, a produção do setor caiu 5,4% em relação ao mesmo período de 2011. Comparando o terceiro trimestre de 2012 com o de 2011, a queda chega a 9,5%. Esses dados também mostraram resultado negativo de 4,3% no período de janeiro a setembro do ano passado sobre o mesmo período em 2011.

É importante ressaltar que a indústria gráfica obteve os piores resultados da indústria brasileira. Assim, a expectativa é que se mantido o cenário macroeconômico de 2012, o setor não deve se livrar dos resultados negativos em 2013. De acordo com as projeções econométricas mais recentes, a indústria gráfica deve cair 5,4% na produção neste ano, puxada especialmente por uma retração de quase 4% no segmento editorial.

Esses números refletem a perda da competitividade sofrida pela indústria gráfica brasileira, que além dos outros problemas comuns aos outros setores, como o Custo Brasil, tem sofrido com o crescimento na importação de impressos editoriais e o alto custo dos insumos no setor.
 
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges), João Baptista Depizzol, a queda da produção se deve a vários fatores. “A crise internacional é o fator que tem atingido a todas as indústrias. A entrada dos produtos gráficos da China, do Chile e de outros países afetam a produção das grandes indústrias, que por sua vez, buscam o mercado das médias empresas, que procuram o das pequenas. Nesse sentido, todos perdem”, explica.
 
Além disso, Depizzol acrescenta que as sequentes reduções na produção gráfica refletem na queda da competitividade nacional. “A indústria brasileira, no geral, tem tido percentual de queda. Quando essa indústria reduz sua fabricação, reduz embalagens, principalmente. Por exemplo, se reduz a produção de liquidificadores, diminui a de embalagens nacionais. Ultimamente, eles estão importando e isso prejudica o setor brasileiro”, conta.

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