A indústria de transformação se destacou entre os setores capixabas com crescimento de 4,7% no primeiro semestre
Por Amanda Amaral
No Espírito Santo, a produção de celulose, papel e produtos de papel foi o grande destaque da indústria de transformação com relação à Produção Industrial Regional (PIM-PF) do primeiro semestre de 2022.
O segmento cresceu 17,9% no período. Em segundo lugar entre os que tiveram maior elevação está a fabricação de alimentos e bebidas (9,6%). Já em terceiro se destaca a metalurgia (2,6%).
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Indústria da transformação
Com isso, a indústria da transformação cresceu 4,7% entre janeiro e julho deste ano, acima da média nacional (-3,3%) na mesma base de comparação. Já se comparada a julho de 2021, a elevação foi de 5,7%.
Os dados do PIM-PF foram divulgados esta semana pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O resultado da produção industrial do Espírito Santo, nos sete primeiros meses do ano, foi melhor do que a média nacional que teve recuo de 3,3% no mesmo período”, comenta a gerente-executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva.
Diversificação da economia
A presidente da Findes, Cris Samorini, explica que esse indicador é muito importante pois a indústria de transformação é chamada de “a indústria das indústrias”.
“Esse setor puxa outras cadeias, além de ser um grande impulsionador de investimentos em inovação, área que a Findes tem feito muitos esforços para estimular. Estamos preparando o Espírito Santo para cada vez mais ser referência em inovação e tecnologia, e para que o Estado tenha uma economia diversificada, de modo a superar a dependência histórica de commodities”, aponta.
Indústria extrativista
De janeiro a julho, a indústria geral (indústria da transformação mais a indústria extrativa), recuou 2,3% no Espírito Santo. Já no país, a média foi de -2%. Na comparação com julho de 2021, a redução foi de 10,6%.
No caso do Estado, a redução da produção industrial deve-se ao baixo desempenho da indústria extrativa (-16,7%), impactada pela menor produção de petróleo, gás natural e minério de ferro pelotizado em razão da maturação dos campos capixabas, entre outros fatores.
Cenário nacional
No acumulado de 2022, a indústria geral brasileira caiu 2%. Das 26 atividades pesquisadas pelo IBGE, 19 registraram quedas nesta base de comparação, sendo as maiores influências negativas registradas nos produtos de metal (-11,7%); na indústria extrativa (-3,3%) e nos veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%). A indústria nacional cresceu 0,6% em julho frente a junho deste ano, voltando a registrar um resultado positivo após um recuo de 0,3% no mês anterior.
Atividades com produção
Essa dinâmica mais positiva está atrelada à melhora do desempenho das atividades industriais com produção, principalmente, direcionada ao mercado doméstico, tais como: produtos alimentícios (4,3%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2%); e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10%).
Nesta base de comparação, apenas quatro dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas positivas: Pará (4,7%); Mato Grosso (3,7%); Santa Catarina (1,9%); e Rio de Janeiro (0,7%). Minas Gerais apresentou variação nula (0,0%).
Com informações da Findes.