No Espírito Santo, a produção industrial teve alta de 2,7% em junho em relação ao mês de maio
Por Redação
Na passagem de maio para junho, a produção industrial brasileira cresceu 4,1%, com expansão em oito dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. As maiores altas foram registradas por Rio Grande do Sul (34,9%) e Pará (9,7%). No Espírito Santo, a taxa de crescimento registrada pelo IBGE foi de 2,7% em relação a maio.
O destaque de junho, tanto em termos absolutos quanto em influência, foi a recuperação da indústria gaúcha (34,9%), eliminando a perda verificada no último mês de maio, causada principalmente pelo volume excessivo de chuva que atingiu o estado. Vários setores contribuíram para esse comportamento positivo da indústria gaúcha, como os de produtos químicos; derivados do petróleo; veículos automotores; máquinas e equipamentos; e metalurgia. O Rio Grande do Sul representa 6,8% da indústria nacional.
“O crescimento da produção industrial em junho vem após dois meses de resultados negativos, período no qual acumulou perda de 1,8%. É um movimento positivo já esperado, impulsionado pela retomada das atividades de plantas industriais que estavam paralisadas devido às enchentes no Rio Grande do Sul”, explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.
Oito dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas em junho, na série com ajuste sazonal, acompanhando o avanço (4,1%) da produção industrial nacional. Rio Grande do Sul (34,9%) e Pará (9,7%) assinalaram os avanços mais acentuados, com o primeiro local voltando a crescer após recuar 26,3% no mês anterior por conta do impacto causado pelas chuvas ocorridas em maio e que afetaram o setor produtivo local, e o segundo acumulando ganho de 25,2% em dois meses consecutivos de crescimento na produção.
Paraná (3,5%), Minas Gerais (3,3%), Espírito Santo (2,7%), Ceará (1,6%), São Paulo (1,3%) e Santa Catarina (0,9%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em junho de 2024. Rio de Janeiro, com variação nula (0,0%), repetiu o patamar de produção do mês anterior.
Por outro lado, Região Nordeste (-6,0%), Bahia (-5,4%) e Pernambuco (-5,2%) mostraram as quedas mais elevadas neste mês, com os dois primeiros voltando a recuar após avançarem 4,7% e 9,0% em maio, e o último marcando o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumulou perda de 8,7%. Goiás (-4,6%), Amazonas (-3,4%) e Mato Grosso (-2,1%) assinalaram os demais resultados negativos em junho de 2024.
ES registra queda na comparação com 2023
O setor industrial teve alta de 3,2% frente a junho do ano passado e, regionalmente, 11 dos 18 locais pesquisados acompanharam o resultado positivo. Vale lembrar que junho de 2024 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21). Os maiores avanços foram registrados por Maranhão (17,3%), Rio Grande do Norte (15,2%), Mato Grosso do Sul (14,1%), Ceará (11,1%) e Pará (10,5%). São Paulo (8,6%), Paraná (7,4%), Rio de Janeiro (2,6%), Santa Catarina (2,0%), Minas Gerais (1,5%) e Bahia (0,5%) também mostraram expansão.
No sentido oposto, Espírito Santo (-9,6%) e Amazonas (-5,7%) foram responsáveis pelas quedas mais intensas em junho. A explicação para esse desempenho vem das atividades de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva, querosenes de aviação e naftas), bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (terminais de autoatendimento bancário), no segundo.
Mato Grosso (-3,1%), Pernambuco (-2,8%), Goiás (-1,7%), Região Nordeste (-1,2%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) foram os outros locais que recuaram nesta comparação.
Pesquisa
A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional, e para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.