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domingo, 28 abril, 2024

Hélio Schneider faz balanço sobre o varejo em 2023

Com mais de 1700 lojas e empregando mais de 120 mil pessoas no Estado, o varejo celebra o seu dia no próximo domingo.

Por Gustavo Costa

Sempre perto para atender e abastecer os brasileiros (e mais especificamente os capixabas), o varejo está em festa. No próximo dia 12 será celebrado o Dia Nacional do Supermercado. No Espírito Santo, trata-se de um dos pilares da geração de emprego e renda. E para falar sobre a importante data, ES Brasil entrevistou o superintendente da Acaps, Hélio Schneider. O dirigente também aproveita para dar um panorama acerca do momento atual do varejo, além de trazer as perspectivas do setor para 2024.

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ES Brasil – Após um ano de desafios, o varejo celebra o seu dia. Como viu 2023 para os supermercados capixabas?
Hélio – É uma data de comemoração muito merecida, de setor essencial para nossa sociedade. Foi um ano de novidades, luta e adequação a um novo governo no país. E os supermercados responderam bem. Seguimos avançando. E agora, celebramos com satisfação. 2023 de forma geral só confirmou o que o setor já mostrou em anos realmente desafiadores recentes. Durante o auge da pandemia, vários setores ficaram completamente paralisados, mas o varejo continuou firme e confiável. Foram decididos que deveríamos atender a uma série de protocolos em todas as esferas governamentais e cumprimos todos. Mesmo funcionando de maneira atípica, conseguimos abastecer os mercados e a mesa dos capixabas. É um setor de uma esteira enorme, que passa pela produção, transporte, distribuição, o armazenamento e finalmente a exposição. A população sabe que pode contar conosco. Estamos lidando diretamente com o capixaba, passando com ele todos os dias do ano. Isso não tem valor que pague. Quem está dentro da loja trabalha com amor e satisfação.

Quais os números atuais do setor? E como eles marcam a economia capixaba?
O varejo é um grande gerador de oportunidades para o nosso povo. É o setor que emprega 60 mil pessoas de forma direta, e se contarmos as vagas indiretas, o número chega a 120 mil postos de trabalho. E não é só empregar, é normalmente a primeira experiência profissional de muitos capixabas. São aprendizados dentro de um supermercado que as pessoas levam para a toda a sua trajetória.

E a confiabilidade que temos passa pelo fato de estarmos em todos os lugares, de norte a sul do Espírito Santo. Hoje contamos com 1.700 lojas, de todos os portes. Chegamos nos mais longínquos pontos, onde tem um capixaba tem um supermercado, um mercadinho, uma venda de produtos alimentícios. O varejo está presente. E mais importante, vem crescendo substancialmente. Lógico, nós dependemos da economia nacional. Mas o fato é que a despeito do nosso tamanho territorial, estamos muito bem, ao contrário do que vemos em outros Estados.

Recentemente tivemos novidades em redes do Estado, com a chegada do BH e do Assaí, por exemplo. O que mais esperar para o nosso varejo?
O que fazemos é tentar, na medida do possível, criar o melhor ambiente para que os investimentos aconteçam. O fato de recebermos essas grandes redes é um sinal de que os investidores estão olhando para o Espírito Santo e percebendo a força e o potencial do nosso mercado. E isso não vai parar. Mais lojas, mais produtos, mais gente emrpegada, mais geração de emprego e renda. Nos preocupamos com o poder aquisitivo do cidadão, que ele receba produtos de qualidade e por um preço justo. Temos tudo isso em mente.

E falando em ambiente propício, creio que podemos citar a Feira da Acaps. Qual o balanço do evento desse ano?
Exatamente, a Feira é o momento maior para mostrar para o Brasil inteiro o quão pujante é no nosso setor supermercadista. Temos uma satisfação muito grande em ver que o nosso tradicional evento sempre supera a edição do ano anterior. É uma vitrine do varejo capixaba. Recebemos empresários de todos os lugares. Esses empresários ficam impressionados com nossas lojas e lançamentos. Esse ano nós tivemos mais de R$ 25 milhões negociados durante o evento, mas ainda importante, geramos um grande volume pós-feira. Além disso, a Feira da Acaps é importante por capacitar nossos profissionais e até diretores de supermercados, através de cursos, workshops, mesas-redondas, com um vasto conhecimento para os negócios. Então não é só aproximar empresas e fomentar negócios, e sim atuar na melhoria das nossas empresas, em todas as áreas. A Acaps oferece ao setor o acesso ao conhecimento de toda ordem.

O que o varejo espera para 2024?
O que esperamos é seguir fazendo o nosso papel. Até agora as coisas estão indo bem, estão alavancando. Somos muito otimistas, com novas lojas e investimentos. Mas dependemos de uma política correta e que leve o nosso setor em consideração. Não sabemos o que irá acontecer. Muito se fala em reforma tributária, mas falta de fato a tão desejada redução de tributos. Alguém tem que pagar a conta, e por enquanto segue sendo o cidadão. A carga tributária nos afeta a todos, varejistas e consumidores. Estamos terminando o ano e fecharemos de forma positiva. Não posso dizer como estaremos em um ano, mas estamos trabalhando e confiando, como está bem evidente em nossa bandeira.

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