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sexta-feira, 26 abril, 2024

Greve dos bancários chega ao 9º dia

Espírito Santo tem 334 agências fechadas, das 498 existentes no Estado.   

A greve dos bancários do Espírito Santo chegou ao nono dia nesta quarta-feira (14) e a categoria decide manter a paralisação por tempo indeterminado. Em reunião nesta terça-feira (13), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nova proposta, e uma nova rodada de negociação foi marcada para quinta-feira (15), em São Paulo. A proposta apresentada na semana passada foi de reajuste de 7% aos bancários, PLR e auxílios refeição, alimentação, creche, mais abono de R$ 3,3 mil, mas a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) não aceitou. 

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De acordo com o Sindicato dos Bancários do estado (Sindibancários-ES), 334 agências estão fechadas, o que representa 67% do total de 498 agências existentes no Estado. A maior adesão correu na Grande Vitória, com 185 agências paradas, sendo 54 do Banestes, 42 do Banco do Brasil, 38 da Caixa, 19 do Bradesco, 19 do Itaú, 17 do Santander, sete HSBC e uma do Safra. No interior do estado, são 149 agências fechadas: 54 do Banco do Brasil, 42 da Caixa, 38 do Banestes e três do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Greve dos bancários chega ao 9º diaCartazes que foram pregados nas portas as agências no dia 06 de setembro, quando teve início a greve 

Em nota, a Fenaban afirmou que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.

A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

O Sindibancários alega que após quatro rodadas de negociação, a Fenaban se recusou a atender as reivindicações da categoria, apresentando proposta de 6,5% de reajuste para salários, PLR, auxílios refeição, alimentação e creche, mais abono de R$ 3 mil. Para a categoria, essa proposta não contempla as reivindicações de emprego, igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho, e não repõe a inflação do período, projetada para 9,57% (em agosto). O índice representaria perda de 2,8% nos salários da categoria.”

A categoria reivindica reajuste de 14,78%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate ao assédio moral, fim da terceirização, fim das demissões, mais contratações, segurança, defesa das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, ameaçados pelo governo de Michel Temer. na avaliação do coordenador geral do sindicato, Jonas Freire, não existe razão para os banqueiros se negarem a atender essas demandas. “No primeiro semestre do ano, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil – Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa – lucraram R$ 29,7 bilhões. O dado deixa claro que não há crise para os bancos. Esse lucro também é fruto do trabalho dos bancários e bancárias, que precisam ser valorizados”, argumentou Freire. 

Imagem: Jackson Gonçalves 

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