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sexta-feira, 29 março, 2024

Greve dos caminhoneiros ainda impacta indicadores industriais

Indicadores Industriais  mostram que o setor enfrenta dificuldades para voltar a crescer e que a greve foi um dos agravantes desse cenário

Os dados dos Indicadores Industriais de junho mostram que a indústria recuperou parte das perdas registradas com a greve dos caminhoneiros. O faturamento real da indústria aumentou 26,4% em junho na comparação com maio, na série livre de influências sazonais, recuperando com folga a queda de 16,7% de maio, informa a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na verdade, a indústria faturou em junho parte das entregas que deveriam ter sido feitas em maio. Além disso, analisa a CNI, a recuperação das horas trabalhadas na produção e da utilização da capacidade instalada foi inferior ao recuo registrado em maio. “Assim, ambas ficaram abaixo do nível registrado em abril”, dizem os Indicadores Industriais.

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As horas trabalhadas na produção cresceram 1,3% em junho frente a maio, na série de dados dessazonalizados. Com isso, o indicador não conseguiu reverter a queda de 1,7% do mês anterior. O nível de utilização da capacidade instalada aumentou 0,8 ponto percentual em junho na comparação com o mês anterior também na série com ajuste sazonal, depois de cair 2,2 pontos percentuais em maio. Com a alta de junho, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 76,7%, menor do que os 77,2% registrados em junho de 2017, na série dessazonalizada.

Mercado de Trabalho

Os indicadores de mercado de trabalho confirmam as dificuldades da indústria. O emprego no setor caiu 0,2% em junho frente a maio, na série livre de influências sazonais. Foi o segundo mês consecutivo de queda no indicador. No primeiro semestre do ano, o emprego subiu 0,6% em relação ao mesmo período de 2017.

A massa real de salários recuou 0,8% em junho na comparação com maio, também na série dessazonalizada. Foi a quarta queda consecutiva do indicador. De janeiro a junho, a massa real de salários diminuiu 0,6% frente ao mesmo período do ano anterior. O rendimento médio real do trabalhador caiu 0,7% em junho frente a maio, na série com ajuste sazonal. No primeiro semestre, a perda é de 1,1% em relação ao período janeiro a junho de 2017.

“A recuperação da atividade industrial já era lenta e o quadro geral piorou no segundo trimestre”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Ele explica que isso é resultado de vários fatores. “Além da piora do quadro externo, há aumento do nível de incerteza, com dúvidas sobre a política econômica a ser adotada a partir do resultado das eleições, e sobre os desdobramentos da recente crise de transportes de carga rodoviária. Não podemos nos esquecer que a intervenção no livre mercado e na concorrência decorrente da tabela de fretes mínimos acarreta incerteza jurídica e, caso efetivada, aumento de custos na economia”, destaca Castelo Branco.

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