27.2 C
Vitória
quinta-feira, 28 março, 2024

Fundos Imobiliários

A verdade é que existe uma inteligência de alocação por trás da estratégia, que deve obedecer ao preceito da diversificação

Por Fabrício Norbim

Uma versão tropicalizada de algo que já existe lá fora, foi criado no Brasil em 1993 a classe do popularmente chamado FII’S (Fundos Imobiliários), porém o mesmo só ficou disponível para as pessoas físicas no ano de 1995.

- Continua após a publicidade -

Atualmente é uma das classes de maior aderência dentro do mundo dos investimentos, conseguindo agradar desde os mais jovens e costumeiramente mais “aventureiros”, alcançando até pessoas de idade mais avançada e que utilizam o veículo para complemento de renda, e até mesmo em substituição a um imóvel com o mesmo fim.

Isso porque sua legislação exige que mensalmente, seja realizada uma distribuição mínima de 95% do lucro apurado segundo o regime caixa, distribuição essa, isenta de imposto de renda. Fato é que suas cotas são negociadas em bolsa também, o que dá certa liquidez para eventuais movimentos de troca posição. Está aí um o “golaço” da classe e que o torna muitas das vezes tão atrativa, onde combina: um ativo que proporciona liquidez e renda mensal. Onde está o ponto “negativo” da classe?

Bem, não munidas de toda informação sobre a classe, algumas pessoas por vezes não se dão conta, que se trata de um ativo de renda variável, e assim não tem previsibilidade do valor das cotas ao longo do tempo, e nem sobre o valor dos dividendos a serem distribuídos.

Apesar dessas caraterísticas, eles tendem a ter uma volatilidade menor que de ações, porém não são isentas de tal, e é aí que algumas pessoas se surpreendem, descobrindo, muitas vezes, não ter “estômago” para a classe.

Em fundos imobiliários ainda existe uma subclassificação, se assim podemos dizer: os fundos de papel, e os fundos de tijolos.

Os de papel, por sua vez investem em CRI’S (certificados de recebíveis imobiliários) e conseguem dar um carrego maior de indexadores e repassar eventuais correções de juros (taxa Selic, ou taxa básica de juros) e inflação. Já os fundos de tijolo, estão diretamente ligados a investimentos físicos, como galpões, logística, escritórios e por assim vai. Estes, apesar de terem um risco maior, por questões de vacância por exemplo, por sua vez, permitem que, muitas das vezes, seja obtido lucro com a valorização das cotas, similarmente o que acontece com os imóveis (similarmente, não quer dizer igual).

A verdade é que como várias outras classes, existe toda uma inteligência de alocação por trás da estratégia, além de que é sempre saudável que não seja toda posição da alocação global, obedecendo ao preceito, e ao único almoço grátis do mundo dos investimentos, que é a diversificação.

Para se expor a essa classe de investimentos, além de contar com uma intermediadora, como uma corretora de investimentos, é acessível para os mais interessados, acompanharem casas de análise também. Além de que algumas corretoras hoje já disponibilizam até mesmo carteiras automatizadas de fundos imobiliários tornando mais prático a escolha e revisões dos ativos.

De toda forma é válido, antes de iniciar não somente esse investimento, mas qualquer outro, compreender todos os pontos positivos e negativos, e realizar uma análise se estes estarão de acordo com seu perfil e objetivos enquanto investidor. Afinal, no mercado financeiro e nos investimentos, nem todo mundo está jogando o mesmo jogo. Mas se esse é o seu, esperamos que saia vitorioso.

Fabrício Norbim é Administrador e Assessor de Investimentos.

Mais Artigos

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Fique por dentro

ECONOMIA

Vida Capixaba