A ideia é criar um grupo de trabalho que será responsável por traçar estratégias, ações, programas e projetos focados na população capixaba
Por Kebim Tamanini
De acordo com dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os mais recentes disponíveis, cerca de 154 mil pessoas estão em situação de extrema pobreza no Espírito Santo, o que representa 3,8% da população capixaba.
Esse foi o principal motivador para que a Defensoria Pública do Espírito Santo (DPE-ES) e a Federação das Indústrias (Findes) assinassem nessa quarta-feira (02) um convênio para trabalhar em parceria em prol de aumentar as oportunidades para essa parcela da população.
A proposta é fundar um grupo de trabalho para pautar ações que terão como eixo central a capacitação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade, de famílias com renda de até dois salários-mínimos e também pessoas portadoras de deficiências (PCDs).
A parceria foi muito comemorada pela presidente da Findes, Cris Samorini, que aproveitou para destacar a sinergia entre as duas instituições. “Discutimos sobre a necessidade da inserção de mais mulheres e PCDs nas indústrias. É muito importante qualificarmos pessoas em situação de vulnerabilidade social para que elas tenham oportunidade de mudar a sua realidade. Queremos fazer diferença na vida das pessoas”, enfatizou.
Na ocasião, a Federação das Indústrias colocou os espaços da Findes e do Observatório da Indústria à disposição da Defensoria Pública. Vale ressaltar que já há alguns anos a Findes tem trabalhado e apostado certeiramente no aperfeiçoamento das análises e na qualificação dos dados para contribuir com a tomada de decisão.
O defensor público-geral, Vinícius Chaves de Araújo, relatou que mesmo com o grande alcance da instituição, ainda existe uma parte da população que não consegue ter acesso aos serviços prestados e que a partir dessa parceria certamente terão mais oportunidades de se desenvolver.
“Trabalhar com educação e direitos, e com a Findes ajudando esse trabalho a chegar aonde hoje não conseguimos alcançar fisicamente, será fundamental. Temos que trabalhar todos os mecanismos, e juntos, para gerar impacto social”, concluiu.