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sexta-feira, 26 abril, 2024

Famílias pobres sofrem mais com alta no preço dos alimentos

Famílias de renda mais baixa sentem mais a alta no preço dos alimentos, já para famílias de renda mais alta, o impacto maior veio dos transportes

por Samantha Dias

O Indicador de Inflação por Faixa de Renda, apurado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou que a inflação pesa mais para as famílias de renda baixa e muito baixa. Para eles, a inflação registrou alta de 0,91% em agosto, já para as famílias no segmento superior de renda, a inflação também subiu, mas teve crescimento menor, de 0,78%.

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Além da diferença no aumento da inflação de acordo com a renda, também há diferença sobre os grupos que mais impactaram. O grupo de alimentação foi o que mais contribuiu para a alta inflacionária das famílias dos três segmentos de renda mais baixa. Já para as três faixas de renda mais alta, o maior impacto veio do grupo de transportes.

O grupo de habitação foi o terceiro que mais influenciou todas as faixas de renda, puxado pelos reajustes de energia elétrica, do gás encanado e do gás de botijão. Os dados acumulados em 12 meses mostram que, apesar da aceleração inflacionária generalizada, a taxa de inflação das famílias de renda muito baixa (10,63%) mantém-se em patamar acima da observada na faixa de renda alta (8%).

Inflação

Sobre a escalada da inflação, o assessor de investimentos Lélio Monteiro disse que um dos papéis do Banco Central é reagir – subindo a taxa de juros – quando a inflação aperta. “No auge da pandemia, com a economia despencando, o desemprego galopante, o BACEN usou todas as suas armas e deixou a SELIC cair para patamares historicamente muito baixos. Agora a SELIC está subindo, mas atrás da inflação, e a diferença entre a taxa básica e o IPCA acaba sendo um imposto indireto”.

Segundo análise de Monteiro, o Brasil tem histórico de inflação elevada, economia amplamente indexada. “Ou seja, com inflação, no Brasil, não se brinca. Alguns podem argumentar que o BACEN não tinha alternativa, que a economia entrou em recessão forte (como em todo o mundo) e que o remédio é amargo mas tem que ser dado. Só esperamos que não mate o paciente. A inflação não deverá dar trégua tão cedo”, disse.

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