24.4 C
Vitória
quarta-feira, 1 maio, 2024

Espírito Santo fica em quinto no ranking nacional de crimes de racismo

Estado teve redução de 65% nos casos de latrocínio, mas uma piora nos crimes de racismo e equiparáveis

Por Rafael Goulart

O Anuário Brasileiro da Segurança Pública 2023 foi divulgado nesta quinta-feira (20) e revelou que o Espírito Santo apresentou melhoras nos índices gerais de mortes violentas, mas também apresentou piora em alguns pontos específicos.

- Continua após a publicidade -

Uma das marcas positivas é a queda no total de homicídios – 1.003 em 2022 contra 1.066 no anterior. O número de latrocínios também caiu de 43 para 28, uma redução de 65%.

Na contramão dessas melhoras, o estado registrou um aumento de 350% nos homicídios contra pessoas da comunidade Lgbtqi+. Foram duas em 2021 e nove vítimas em 2022.

Vulneráveis

Também houve um crescimento significativo, seguindo a tendência nacional, nos crimes de violência sexual. Para piorar, a maioria das vítimas são vulneráveis, como crianças, idosos e deficientes.

No Espírito Santo, foram registrados 1.259 casos de estupro de vulneráveis, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior.

A maior parte dos crimes acontecem na residência da vítima, com uma incidência de 71,6% dos casos quando a vítima é criança, idoso ou deficiente.

Racismo

O que não mudou muito foi o perfil das vítimas de mortes violentas. Mais de 76% das vítimas de mortes violentas em 2022 eram negras ou pardas.

Além disso, o Espírito Santo apresentou uma taxa de racismo duas vezes maior que a média nacional e ocupa a quinta posição de unidade federativa com mais alto índice de racismo.

No Brasil, houve um aumento de 67% na taxa de racismo, isso é, a quantidade de casos a cada 100 mil habitantes. Enquanto a média nacional é de 1,66, Rondônia registrou 5,8; Amapá 5,2; Sergipe 4,8; Acre 3,3; Espírito Santo 3,1 casos a cada 100 mil habitantes.

“Infelizmente o racismo, de um modo geral, é um crime se repete diariamente, de forma constante. Todos sabem o que é o racismo. Então, trata-se de uma cultura que as pessoas insistem em reproduzir. Cabe ao Poder Público punir, haja vista que está claro que as políticas protetivas e inclusivas não surtem qualquer efeito nesses agressores”, explicou Flávio Fabiano, especialista em direito criminal.

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA