Terapia que utiliza elementos musicais, como ritmo, melodia e harmonia, para promover a saúde mental, emocional e física
Por Kebim Tamanini
Nesta sexta-feira (15 de setembro), é comemorado o Dia do Musicoterapeuta, mas você sabe qual é a função desse profissional? O musicoterapeuta atua com o objetivo de promover o bem-estar e a saúde de seus pacientes. Para isso, ele utiliza instrumentos musicais, o próprio corpo, a voz e diversos sons, buscando estabelecer canais de comunicação e interação terapêutica. Vale lembrar que há estudos que mostram que a música contribui para a liberação de dopamina do cérebro, chamado de “hormônio do prazer”.
Para a musicoterapeuta, Kenia Bianor a musicoterapia começa com uma avaliação detalhada do histórico da pessoa, incluindo sua história musical e o ambiente sonoro ao seu redor. “Com base nessa avaliação, são definidos objetivos terapêuticos personalizados, usando a música de maneira apropriada para abordar as necessidades específicas de cada pessoa. Não existe uma abordagem única, pois os benefícios variam conforme as necessidades individuais”, esclarece.
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É fundamental compreender que a escolha da música e dos elementos musicais utilizados depende do gosto e do histórico musical de cada pessoa. Kenia Bianor afirma que não existe uma receita universal, pois o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra.
A diferença entre músico e musicoterapeuta é que o músico enfoca a execução musical, enquanto o musicoterapeuta usa a música como uma ferramenta para compreender a pessoa por trás dela. O musicoterapeuta não só toca junto com o paciente, mas também avalia o aspecto musical e cria um diálogo sonoro para atender às necessidades terapêuticas individuais.
Ferramenta para tratamento
No que diz respeito a pacientes com doenças degenerativas, por exemplo pessoas com alzheimer, parkinson, lesões de AVC, doenças graves e difíceis, a musicoterapia pode ser uma ferramenta valiosa para auxiliar no tratamento. Ela pode contribuir para reduzir os sintomas, melhorar o bem-estar emocional e promover o relaxamento.
Para pessoas com autismo, o musicoterapeuta Paulo Paraguassu relata que pode ser uma ferramenta valiosa para ajudá-las a se expressarem e se conectarem com os outros. “Muitos autistas têm uma afinidade especial com a música, e a musicoterapia utiliza essa afinidade para estimular a comunicação, a linguagem e a interação social. Isso pode levar a uma maior abertura e progresso no desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação”, salienta.
Portanto, a musicoterapia desempenha um papel importante no apoio e tratamento de pessoas em diversas condições, ajudando-as a superar desafios e a desenvolver suas capacidades de forma mais completa e satisfatória.